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Cura DA AIDS ESTÁ MAIS PRÓXIMA, DIZEM CIENTISTAS
(Fábio de Castro)

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CURA DA AIDS
ESTÁ MAIS PRÓXIMA, DIZEM CIENTISTAS



Após décadas sendo desafiados pela complexidade do vírus HIV, os
cientistas estão avançando em várias frentes rumo à cura da Aids.

Táticas promissoras incluem a "limpeza" do HIV escondido nas
células e a retirada de todas as células imunológicas do paciente, tornando-as
resistentes ao vírus antes de serem devolvidas ao organismo.

Avanços na engenharia molecular permitem que os pesquisadores
conheçam melhor o mecanismo do HIV. "As vacinas funcionam reconhecendo a
superfície do vírus e eliminando-o", explicou Dennis Burton, professor de
imunologia e ciência microbiana do Instituto Scripps de Pesquisas, de La Jolla,
Califórnia. "O HIV é um vírus altamente evoluído, que desenvolveu uma
superfície que incorpora características que evitam as reações dos
anticorpos".

Ele desenvolveu uma pesquisa
mostrando que "anticorpos amplamente neutralizadores" podem ser
criados para reconhecer o HIV e nele penetrar, o que dá aos cientistas novos
alvos no desenvolvimento de vacinas.

O HIV é o vírus mais
conhecido pela ciência, como resultado de grandes investimentos em pesquisa nas
últimas décadas. Os inúmeros avanços conquistados modificaram muito, para
melhor, a realidade dos portadores do vírus. Mas ainda há um longo caminho pela
frente para que se possa controlar a epidemia de HIV-Aids.

A conclusão é de
Esper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FM-USP) que organizou, na semana passada, em São Paulo, o 6º Curso Avançado de
Patogênese do HIV, no qual foram discutidos temas como tratamento,
desenvolvimento de vacinas e epidemiologia do vírus.

O curso, que trouxe
ao Brasil 30 dos principais especialistas em HIV de todo o mundo, integrou as
atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Investigação em
Imunologia (INCT-iii), cuja área de HIV-Aids é coordenada por Kallás.

O Programa INCT foi
lançado em dezembro de 2008 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com
recursos obtidos em parceria com as fundações de amparo à pesquisa estaduais. A
Fapesp financia 50% dos valores destinados aos institutos sediados no Estado de
São Paulo.



Três desafios

“Os avanços que tivemos desde a identificação
da síndrome da Aids até hoje foram imensos. Mas ainda temos três grandes
desafios pela frente: O primeiro É desenvolver uma vacina protetora. O segundoCompreender o mecanismo de degeneração e combater o envelhecimento dos
portadores. O terceiro É descobrir como curar o indivíduo. Quando cumprirmos
esses três objetivos, poderemos controlar ou eliminar a epidemia”, disse ele.

O HIV é seguramente o vírus
que mais conhecemos hoje em dia e para o qual nós mais tivemos investimentos em
pesquisa. Mas é preciso dar continuidade a isso. É importante observar, no
entanto, que os recursos investidos na pesquisa sobre Aids não ficam restritos
a essa área, mas acabam se replicando para várias outras. Não podemos esquecer
que esse tipo de investimento é feito principalmente a longo prazo, na formação
de recursos humanos, na disseminação de conhecimento e na capacitação de grupos
de pesquisa.

A situação dos pacientes
atualmente, em comparação com a do início da epidemia na década de 1980, é
bastante diferente, segundo Kallás. Mas isso não significa que a doença possa
ser encarada com indiferença.

Vacina s
experimentais

Duranteo curso, uma revisão do
tema da patogênese do HIV foi apresentada aos estudantes, médicos e outros
profissionais participantes. Mas o aspecto principal do curso consistiu em
estreitar o contato com os dados recentes das pesquisas realizadas pelos
cientistas que apresentaram conferências.

“Tivemos a oportunidade de ver o
que está na fronteira do conhecimento da patogenia do HIV tanto em relação à
transmissão, como à prevenção, à resposta imune, à virologia e ao tratamento da
infecção”, disse Kallás.

Todas essas áreas apresentaram
avanços recentes de grande importância. “Na questão da prevenção, por exemplo,
tivemos aqui a apresentação dos dados mais recentes relacionados à profilaxia
da pré-exposição ao vírus. Na parte de imunologia, tivemos a identificação de
novas subpopulações celulares envolvidas na resposta imune”, afirmou.

Degeneração

Jána área de reconhecimento dos
aspectos biodegenerativos da infecção pelo HIV, o curso proporcionou discussões
sobre senescência celular e marcadores de ativação. Na parte de virologia, foi
apresentada a identificação de novos alvos para a ação antirretroviral e
mecanismos de defesa celular.

“Tivemos também a discussão de
novos dados de diversidade genética do HIV e novos dados de distribuição e
transmissão de HIV no Brasil e no mundo. No que se refere ao tratamento,
discutimos as novidades de desenvolvimento de novas drogas e debatemos
situações especiais como a infecção aguda, ou pessoas que não respondem com a
elevação de linfócitos TCD4. O curso teve ainda extensas discussões sobre a
questão da resistência”, disse Kallás.

Na área de vacinas, foram apresentados
resultados recentes de diversos grupos com vacinas experimentais candidatas
para combater a transmissão do HIV. Foram debatidos alguns dos principais
gargalos para o avanço científico em imunologia.

SITE: http://exame.abril.com.br/tecnologia/ciencia /noticias/cura-da-aids-esta-mais-proxima-di zem-cientistas?page=1&slug_name=cura-da-aid s-esta-mais-proxima-dizem-cientistas

AUTOR:Fábio de Castro



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