A Onda
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Análise
do Filme: “A Onda”
O
filme “A Onda” se inicia com uma aula sobre o nazismo e o holocausto da Segunda
Guerra Mundial, ao fim da aula uma das alunas faz uma pergunta intrigante: “Como os alemães puderam ficar inertes
enquanto os nazistas chacinavam pessoas à sua volta?”. E, a partir deste
questionamento, que o professor não tinha resposta, pode-se considerar como o
marco para os eventos que ocorreram posteriormente no filme. No dia seguinte,
numa aula sobre disciplina, devido ao desinteresse dos alunos, o professor
propôs uma experiência que explicasse na pratica os mecanismos do fascismo e do
poder, e nesta aula dita o primeiro dos lemas do Movimento “A Onda” – “Força pela Disciplina”. Empolgado pelo
resultado inicial, que foi a adesão da turma, dá continuidade a este movimento,
alardeando na aula seguinte o segundo lema: “Força pela Comunidade”. Nesta aula também estabelece um símbolo
para o movimento, cujo significado é a mudança; também impõe uma saudação.
Contudo,
esta iniciativa era apenas para os alunos daquela turma, mas em pouco tempo, os
alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros, começam a
fazer do grupo um estilo de vida e levam a experiência para fora da escola. Diversos
problemas são gerados, devido à falta de controle do movimento, levando o
professor, no fim do filme, a paralisar as ações, afirmando que o futuro d’A
Onda seria um movimento tão violento quanto o Nazismo.
Quanto
a analisar este movimento como um grupo deve-se considerar o seguinte conceito:
Conjunto de pessoas que compartilham valores, crenças, visões semelhantes de
mundo, possuem uma identidade e podem ser consideradas um todo. A visão de
grupo é de natureza essencialmente relacional, de interação e alianças afetivas
que dão unidade e identidade ao conjunto de pessoas.
Com
base neste conceito pode-se perceber que A Onda atendia as características de
um grupo, pois, era composto por estudantes que compartilhavam os mesmos
valores e crenças, visto que, foram envolvidos na formação do movimento, eram
da mesma turma e aprenderam juntos os lemas do movimento, contudo, nem todos
apresentavam visão semelhante de mundo, visto que, em dado momento do filme,
surgem os conflitos sobre os efeitos do movimento. As pessoas que aderiam ao
movimento tinham uma forma própria de se comunicar, que os identificava dos
demais, posteriormente adotaram um padrão de vestimenta, ou seja, possuíam uma
identidade. Havia ainda uma forte relação de interação e afeição entre os membros
e, entre os membros e o grupo, visto que muitos alunos afirmaram se sentirem
felizes por fazer parte daquilo.
Por
ser um grupo grande, apresentou dificuldades na comunicação tornando-o lento e
impreciso, assim como a responsabilidade diluída, o que permitiu que muitos
indivíduos se aproveitassem do movimento para hostilizar outros alunos. Outro
aspecto relevante é que, embora houvesse padrões morais e valores que
embasassem este grupo, não havia regras definidas que orientassem os seus
membros. Quanto aos papeis a ser desempenhado pelos membros, o único que foi
devidamente esclarecido foi o dos monitores, que deveriam informar ao líder
sobre os membros que não respeitassem as normas do movimento. No entanto,
pode-se perceber ao longo do filme que o seu ritmo era intenso. Já a linguagem
era particularizada aos membros, que tinham uma saudação própria, uma forma
diferenciada de se dirigir ao seu professor, assim como expressões mais rígidas
de gesticular, sentar, falar ou se portar.
Para
que se possa pensar neste movimento como equipe, deve-se entender este
conceito: equipe é o conjunto de pessoas que buscam um objetivo comum,
claro, e explicitamente formulado. Os
componentes de uma equipe tem grande clareza da divisão de responsabilidades e
das fronteiras de suas ações, bem como de suas atribuições. Entretanto, podemos então dizer que, no
momento de equipe o Movimento “A Onda”, se comportou como uma Equipe Informal.
Quanto
à liderança do professor, pode-se perceber que esta era Autocrática, pois apresentava claramente as seguintes
características: supervisão cerrada; chefe determina o que fazer, fato que
ocorreu desde o início do movimento; elogio ou critica individual,
principalmente para Robert, que era um aluno excluído pela turma no início do
filme; não se envolve com as pessoas. Gerando como resultados: frustração,
principalmente dos que passaram a questionar sobre o movimento; tensão, todos
eram impelidos a obedecer; agressividade, por parte dos membros que tinham o
papel de monitorar o grupo; desobediência, pois muitos usavam o movimento como
desculpa para brigas; submissão ao superior, o que ele dizia virava lei; falta
iniciativa, não questionar o que ocorria, mas apenas seguir com o grupo.
Por
fim, pode-se perceber que o Movimento “A Onda” abriga grande parte das
características de um grupo, embora haja momentos específicos em que pode ser
entendido como equipe. Logo, este movimento pode ser considerado como um Grupo
de Afinidades, em que os
integrantes são colegas que se reúnem regularmente para trocar informações,
buscar oportunidades e resolver problemas que afetam o grupo e a organização.
Contudo, o grupo não se auto-dirige, visto que, é comandado pelo professor,
cuja liderança se mostra autocrata.
Há ainda um contrato psicológico implicado neste
movimento, posto que satisfaz as necessidades básicas para a formação de um
grupo: necessidade de inclusão (se perceber como participante integral das
tomadas de decisão); necessidade de controle (se sentir totalmente responsável
por aquilo que constitui o grupo); e, necessidade de afetividade (obter provas
de ser totalmente valorizado pelo grupo).
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