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A Quinta Essência
(Agustina Bessa-Luis)

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Enfrentando
a paisagem desconcertante do final do Império, Agustina Bessa-Luís desenrola
alguns novelos do passado. Através da desorientação frente aos vários feixes
presentes na narrativa, o leitor é transportado pelas dobras do tempo.

Indo
para Macau com o objetivo de conquistar a filha de um dos capitães de abril,
vingando-se daquele que teria sido responsável pelos infortúnios de sua
aristocrática família, o protagonista José Carlos acaba deixando-se envolver na
"história da cidade, que era abundante de peripécias amassadas durante
quatro séculos". Num deslocamento anacrônico por várias épocas históricas,
Macau torna-se o alvo da projeção infinita de especulações. Matérias
historiográficas são vertidas em um sedutor jogo de charadas, compartilhado pelo
protagonista e por Iluminada, filha do capitão Sequeira na mira da sua
vingança. A aventura de José Carlos, pela China, passa por personagens e
episódios inacreditáveis, destinos desordenados, histórias de governantes, de
mulheres e de amores, enigmas que atiçam o fluir da imaginação.
Iluminada surge como uma espécie de alegoria aos olhos de José Carlos,
significando a própria "mestiçagem que consagrava a presença portuguesa no
Oriente”.

Seduzido
pelo mundo oriental e na tentativa de conquistar e dominar o terreno do
pensamento chinês, lidará com uma série de perdas que lhe vão revelar os seus
próprios limites. Sem vocação para a síntese, "incapaz de amar", mas
também "incapaz de odiar", a subjetividade de José Carlos
"cambaleia".
Ele reconheceu, ou aprendeu, que um povo empenhado na luta contra uma herança
de miséria pode chegar à quinta essência da natureza humana que se revela na
luta cotidiana, pela sobrevivência. Através da perspectiva do narrador/José
Carlos, as peculiaridades da identidade cultural de Macau também são fruto
daquilo que as relações da vida privada, em sua condição de sobrevivência,
cultivaram.

Cansado
de seu protagonismo, na busca de uma compreensão sobre os chineses, José Carlos volta a Portugal, depois de seis
anos, sem a certeza de ter compreendido as relações luso-chinesas. A busca por
um princípio ordenador e totalizante do conhecimento acerca do outro parece não
ser mais plausível.



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