Mercados e Preços
(Avelãs Nunes)
Definições de Economia Política II - FDUC 2011/2012Bens de Produção:Os bens que servem para efectuar a produção de outros bens são chamados bens
de produção. Apenas satisfazem indirectamente as necessidades, por servirem
para a formação de outros bens. Podemos criar uma subdivisão nesta categoria:
bens de produção acabados (servem para produzir outros bens; exemplo : um forno
, uma carrinha) e bens de produção não acabados (servem para produzir outros
bens , tendo contudo que sofrer alterações para serem de consumo(exemplo :
farinha para fazer o pão, tecido para criar roupa).
Bens Consumíveis:São bens que se utilizam apenas uma vez e com essa utilização deixam de
existir, pelo menos com a mesma natureza. Ao suprimirem a necessidade o seu
estado físico ou desaparece ou a sua natureza é totalmente alterada. Como este
exemplo que vou referir evidencia não é possível utilizar mais que uma vez 1kg
de farinha, ao utiliza-lo a sua natureza altera-se eliminando o carácter
fulcral do bem.
Bens Fungíveis:Quanto a este bem é de relevância efectuar uma noção primária. Essa noção é a
de bens substituíveis, que são
bens que podem ser sub-rogados por outros na satisfação das necessidades.
Dentro dos bens substituíveis existem os bens
fungíveis e os bens sucedâneos. Os primeiros efectuam uma
substituição perfeita (é indiferente ter “esta” nota de 5 euros ou outra nota
qualquer do mesmo valor) , os segundos não são perfeitos nessa substituição,
não satisfazem da mesma forma as necessidades. Resumindo então é possível afirmar
que bens fungíveis são bens que
podem ser substituídos por outras da mesma espécie, qualidade ou quantidade.
Bens Sucedâneos:Quanto a este bem é de relevância efectuar uma noção primária. Essa noção é a
de bens substituíveis, que são bens que podem ser sub-rogados por outros
na satisfação das necessidades. Dentro dos bens substituíveis existem os bens
fungíveis e os bens sucedâneos. Os primeiros efectuam uma
substituição perfeita, os segundos já não são perfeitos na substituição, não
satisfazem da mesma forma as necessidades. Resumindo então é possível afirmar que bens sucedâneos são bens que não
garantem o mesmo nível de satisfação das necessidades, têm uma satisfação
inferior do bem a que se pretendem colmatar a inexistência.
Bens Complementares:São os bens que só satisfazem necessidades quando associados. É uma espécie
de simbiose para um fim comum entre dois bens. A complementaridade dos bens é
muito frequente, e tem grande relevo, pois quando aumenta o consumo de um dos
bens complementares, aumenta consequentemente o consumo do outro. Exemplos de
bens complementares: tinta e caneta; gasolina e automóvel.
Bem Intermediário
ou Intermédio ou de Produção Consumível ou Produto
Semi-Acabado ou Semi-Produto - É um bem que provem de uma transformação
mas ainda irá ser transformado. É um bem que se encontra no decorrer do processo
produtivo, ainda não está finalizado. Seguindo o exemplo do rolo de tecido,
este já não é uma matéria-prima mas de ainda não encontrou a sua forma
definitiva , sendo um bem de produção e não um produto acabado.
Teoria dos Tipos de
Coordenação:Walter Eucken abstraindo-se da sucessão histórica e negando
mesmo a existência de uma sucessão regular, pretendeu construir influenciado pelos ideias de Max Weber, os
tipos abstractos de organização económica, as ordens económicas puras, às quais
seriam susceptíveis de reconduzir-se todos os sistemas ou organizações concretas,
passados ou presentes. Eucken parte do princípio
que a actividade do homem enquanto produtor se desenvolve de acordo com um
plano orientador daquela actividade e defende que o importante é saber quem
dita o plano: se é o mercado, onde se encontra a oferta e a procura dos
diversos sujeitos económicos, ou se é alguma entidade exterior ao mercado e à
economia. Assim chega a distinção entre economia de mercado e economia de
direcção central.
Procura elástica é
maior que 1:A elasticidade da procura preço mede a sensibilidade da
procura de determinado bem face a variações no seu preço. Quando a quantidade
procurada do bem diminui muito na sequência de um aumento pequeno do seu preço,
tal representa uma elevada sensibilidade da procura relativamente ao seu preço,
ou seja uma elevada elasticidade da procura preço - neste caso diz-se que o bem
tem procura elástica em relação ao preço. Pelo contrário, quando a quantidade
procurada do bem diminui pouco mesmo que o aumento do preço seja elevado, tal
representa uma baixa sensibilidade da procura relativamente ao seu preço, ou
seja, representa uma baixa elasticidade da procura preço - neste caso diz-se
que o bem tem uma procura rígida em relação ao preço. Matematicamente, a
elasticidade da procura preço é calculada através da divisão da variação
percentual na quantidade procurada pela variação percentual no preço.
Dado que as variações dos preços e das quantidades são,
geralmente, contrárias devido à inclinação negativa da curva da procura, a
elasticidade procura preço apresenta, nestes casos, valores negativos. Por este
motivo, ambas as variações são transformadas em valores positivos de forma a que
a elasticidade apresente também valores positivos. No caso da elasticidade da
procura preço ser superior a 1, significa que a variação percentual na
quantidade procurada é superior à variação percentual do preço, o que significa
que estamos perante um bem de procura elástica em relação ao preço. Se, pelo
contrário, a elasticidade estiver entre 0 e 1, tal significa que a variação
percentual na quantidade procurada é inferior à variação percentual do preço,
ou seja, que estamos perante um bem de procura rígida em relação ao preço.
Quando a elasticidade é 1, diz-se que estamos perante um bem de elasticidade
unitária.
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