A IMPORTÂNCIA DA SUCATA TECNOLÓGICA NO DESENVOLVIMENTO DE ESTDOS BÁSIC
(James N. da Silva; Inácio M. C. Júnior; Eduard M. M. Costa)
Embora a frase lixo eletrônico remeta ao turbilhão de mensagens que chegam todos os dias às caixas de e-mail, a mesma refere-se também a um perigoso subproduto do rápido desenvolvimento tecnológico, e que não tem sido adequadamente administrado, tanto pelos usuários quanto pelos vendedores de tecnologia, refletindo em grandes prejuízos ao meio ambiente. Como é de se esperar, o melhor caminho para equipamentos obsoletos e que, muitas vezes, nem funcionam mais, seria o reaproveitamento por parte de seus fabricantes através de um processo de reciclagem ou remanufatura, minimizando a dispersão de materiais nocivos ao meio ambiente, tal como o chumbo e o estanho, e a necessidade da exploração de minérios como cobre e ouro, presentes em fios e placas de circuito impresso dos equipamentos eletrônicos. Porém, apenas alguns fabricantes como a Dell®, Apple®, Sony®, HP®, e Toshiba®, recolhem ao menos alguns dos seus velhos eletrônicos, o que representa uma ínfima parcela de todo o material obsoleto levado ao lixo no mundo todo, em especial computadores e periféricos. Por mais que possa parecer que a sucata tecnológica não possui nenhuma utilidade, o presente artigo evidencia a importância desse material que, na realidade, é uma fonte rica de componentes eletrônicos, mecânicos e eletromecânicos. Nesse contexto, o aproveitamento da sucata se justifica como uma alternativa, tanto para o problema do lixo eletrônico no meio ambiente, quanto para casos nos quais há dificuldade tanto financeira, quanto de disponibilidade de material no mercado, o que pode ser utilizado de forma ótima em termos educacionais da área. Assim sendo, face às diversas dificuldades envolvidas nos processos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, e aos problemas gerados, tanto pela falta do que fazer com a sucata tecnológica, quanto pela inadequação da maioria das indústrias à reciclagem de produtos obsoletos, o presente artigo mostra possibilidades de reutilização do lixo eletrônico, ao mesmo tempo em que discute o desenvolvimento de protótipos robóticos a partir da sucata.
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