A História de Evan
(José Guimarães)
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A história de Evan é como uma história de um jovem qualquer. É recheada de aventuras e suspenses, à medida que ele anda por regiões desconhecidas, à procura de uma vida mais adequada ao seu gosto.Neste fragmento de romance, ou romance em partes, estilo folhetim, começa a história do jovem Evan. Vamos começá-la, portanto, assim:Evan trabalha numa fábrica de alfinetes. Todos os dias ele
e mais três rapazes cuidavam da manutenção de dezenas de maquinas, das sete
horas da manhã às seis da tarde. Com folga de uma hora para o almoço. Formavam uma
equipe Evan de rapazes praticamente da mesma idade. Sendo que o mais velho e
com mais tempo de casa era o encarregado de “vigiar” o comportamento dos
colegas. Entre eles, Tonico, o mais brincalhão de todos.
Às sete horas da manhã, quando tocava o apito da fábrica,
eles deviam entrar nos banheiros, vestir cada qual sua roupa de trabalho e
entrar no pavilhão onde se encontravam as máquinas que administravam durante o
dia inteiro.
Ali, eles deviam ligar as máquinas e observar o
funcionamento delas. Verificar se acabou o arame e colocar outro rolo. Às vezes
as máquinas se engasgavam com o arame e ficavam paradas fazendo um barulho
esquisito que chamava a atenção da chefia. Quando um dos rapazes corria até ela
e a desligava rapidamente.
Era esse o serviço que Evan fazia todos os dias. Secretamente,
pensava em sair da fábrica, pois já estava cansado dessa mesma rotina todos os
dias, em troca de um salário mínimo mensal, menos o desconto do INSS (Instituto
Nacional de Seguridade Social), que lhe garantiria a aposentadoria quando
estivesse velho.
Aos vinte anos de idade, tudo que um rapaz que quer vencer
na vida deve fazer é gastar ao menos um pouquinho do dinheiro que ganha em
cursos de aprendizagem para conseguir novos empregos. Mais rendosos e mais
fáceis de executar tarefas diárias.
Pois Evan, decidido a mudar de vida, entrou mais que
depressa num curso de datilografia. Lá, sentou-se pela primeira vez diante de
uma máquina de escrever e sorriu, por estar novamente diante de uma máquina. Se
bem que a de escrever fosse muito diferente da que pilotava para fabricar
alfinetes.
Decidido a encontrar um emprego em escritório, seguiu as
lições da professora Denise com dedicação e carinho. Seguia sem pestanejar a
orientação da mestra digitando o conhecido “asdfg hjklç”. Nas primeiras lições
essa atividade lhe parecia uma brincadeira de criança. Mas depois, começou a
sentir-se entediado. Principalmente ao chegar à escola no segundo dia e
descobrir que precisava repetir os mesmos exercícios do dia anterior.
- “De novo!”, ele se perguntou. “Até quando repetirei isso?”
Calma, Evan, ele mesmo disse mentalmente a si próprio. Você está aqui por que
quer mudar de vida, lembra-se? Sim, ele se lembrava muito bem desse fato.
Estava ali para aprender a técnica de escrever palavras em formato tipográfico,
com a ajuda da barulhenta máquina de escrever. Máquina? Sempre máquina! Máquina
lá na fábrica, máquina na escola.
- “Em vez de reclamar, Evan, dedique seu potencial no
aprendizado da técnica de escrever à máquina. Lembre-se de que a decisão de
estudar datilografia para conseguir emprego em escritório é sua e de mais
ninguém”, ouviu a voz bem lá dentro da sua mente dizer isso. Sim eu lembro, dizia ele para ele próprio,
sempre em pensamentos vagos. Mas poderia ser mais fácil ganhar dinheiro para a
manutenção da vida. “Não existe método para ganhar dinheiro que seja fácil,
Evan”, seu pai sempre lhe dizia. “A não ser que seja empurrando bêbado na
ladeira.” Rsrs!
No terceiro dia de aula Evan conheceu o esposo da professora
Denise, professor de datilografia também, e este lhe deu novo exercício. Ah,
agora sim! Evan suspirou; pelo menos agora eu saio do cansativo “asdfg hjklç”.
O que ele queria e bem depressa era aprender a escrever
palavras, como as do seu próprio nome, ou uma frase contendo declaração de amor
a Marcinha, garota que amava muito.
Sob o comando do professor Aldo, esposo da professora
Denise, ele passou a digitar as letras da parte de cima do teclado, as
conhecidas e também famosas “qwert
yuiop”. Letras do lado esquerdo do teclado com os dedos da mão esquerda.
Letras do lado direito do teclado com os dedos da mão direita.
Na fábrica, Evan decidiu que não contaria aos colegas que
fazia curso de datilografia à noite, numa escola não muito longe dali. Os
colegas poderiam rir dele, pois diziam que escrever à máquina é atividade de
moças. “Homem que é homem precisa ganhar dinheiro trabalhando no pesado”,
diziam. “Derramando suor no rosto.” Talvez pensassem isso porque as
datilógrafas da fábrica fossem mulheres e não homens.
Por isso Evan decidiu não contar nada a eles. Continua no próximo artigo: Evan na Escola de Datilografia
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