Modelos ecológicos de desenvolvimento da doença
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O modelo sócio-ecológico de desenvolvimento da doença O modelo sócio-ecológico reconhece uma interligação entre o indivíduo e o seu ambiente.Os indivíduos são responsáveis por instituir e manter as mudanças de estilo de vida necessárias para reduzir o risco e melhorar a saúde mas o comportamento individual é determinado em grande parte pelo ambiente social (normas da comunidade, valores, regulamentos e políticas.As barreiras para comportamentos saudáveis são compartilhadas na comunidade. Quando essas barreiras diminuem ou desaparecem, a mudança de comportamentos torna-se mais viável e sustentável. A abordagem mais eficaz para promover comportamentos saudáveis é uma combinação de esforços a vários níveis - individual, interpessoal, comunitário, organizacional e políticas públicas.Muitos fatores contribuem para a ocorrência das doenças crónicas. Alguns destes fatores são modificáveis. Exemplos: tabagismo, sedentarismo, má alimentação, ausência de exames preventivos como a mamografia ou testes de colesterol no sangue. Alterando comportamentos, o risco de desenvolver doenças cardíacas, cancro e acidente vascular cerebral, pode ser reduzido. As comunidades, escolas, locais de trabalho e locais de saúde podem apoiar e promover comportamentos saudáveis por meio de políticas e fatores ambientais - locais de trabalho livres de fumo, refeições saudáveis em cantinas, locais para caminhadas e para andar de bicicleta, informação sobre higiene e segurança no trabalho, exames preventivos regulares e cessação do tabaco. 0 modelo biopsicossocial de desenvolvimento da doença O modelo biopsicossocial tem-se afirmado progressivamente. A psicologia da saúde veio propor um papel para a mente, tanto na causa como no tratamento da doença, proporcionando uma visão integral do ser humano.O modelo biopsicossocial representa uma tentativa para integrar o psicológico (“psico”) e o meio ambiente (“social”) no modelo biomédico (“bio”). Este modelo assenta em 5 premissas do modelo subjacentes ao trabalho social com cuidados de saúde: 1. Condições sociais, culturais e económicas têm um efeito significativo mensurável sobre o estado de saúde e prevenção de doenças.2. As doenças relacionadas com o comportamento, perturbam o equilíbrio pessoal ou familiar.3. O tratamento médico é muitas vezes incompleto e ocasionalmente impossível sem um acompanhamento social e serviços de aconselhamento.4. Os problemas de acesso e utilização adequada dos serviços de saúde exigem esforços de planeamento bem como inovações institucionais.5. A colaboração multi-profissional da equipe de saúde pode ser uma abordagem eficaz para a resolução de problemas médico/sociais complexos, dos indivíduos e da comunidade. Os contributos biológicos incluem a genética, os vírus, as bactérias e os defeitos estruturais. Os aspetos psicológicos da saúde e da doença são descritos ao nível das cognições (por exemplo, expectativas acerca da saúde), emoções (por exemplo, medo do tratamento) e comportamentos (por exemplo, fumar, fazer dieta, fazer exercício ou consumir álcool). Os aspetos sociais ligados à saúde são descritos através das normas sociais de comportamento (por exemplo, a norma social de fumar ou não fumar), das pressões para a mudança de comportamentos (por exemplo, expectativas do grupo de pares, pressão parental), dos valores sociais relativos à saúde (por exemplo, se a saúde era vista como uma coisa boa ou má), da classe social e do grupo étnico.O modelo biopsicossocial ou psicossocial, expande a teoria ecológica, vendo a doença como interação entre o ambiente, fatores físicos, comportamentais, psicológicos e sociais.
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