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Xingu
(Heitor Romero)

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Direção:
Cao Hamburger

Roteiro:
Cao Hamburger, Elena Soarez, Anna Muylaert

Elenco:
João Miguel, Felipe Camargo, Caio Blat, Maiarim Kaiabi, Awakari Tumã Kaiabi,
Adana Kambeba, Tapaié Waurá






Desde
a descoberta do Brasil que resultou na escravização e exploração do povo
indígena, até casos de tribos canibais que armavam emboscadas para caçar e
comer exploradores – no geral podemos afirmar que quase sempre os encontros entre
índios e brancos foram prejudiciais para pelo menos um dos lados.
No
Brasil, isso se salienta na história real da expedição Roncador Xingu, promovida
pelos irmãos Villas-Bôas, que visava explorar locais ainda desconhecidos no
território nacional. Em meio à tal expedição surgiram os índios nativos, que
nunca antes tinham entrado em contato com um homem branco. Depois do medo e
horror, os irmãos passaram a sentir-se empolgados, após um contato pacífico.
Nas décadas seguintes, esse passou a ser o principal objetivo na vida de
Cláudio (João Miguel), Orlando (Felipe Camargo) e Leonardo Villas-Bôas (Caio
Blat): desbravar novos mundos dentro do território nacional e proteger
aqueles que sempre foram os brasileiros mais legítimos de nossa história: os
índios – jornada muito bem retratada neste filme de Cao Hamburguer.
Xingu
é um trabalho de dois polos. De um lado, a aventura de cunho político dos
irmãos Villas-Bôas na defesa do habitat dos índios do avanço social que
começava a se estender para todas as direções; do outro lado há uma abordagem
interessante sobre o relacionamento dos irmãos, com base em um estudo
minucioso da personalidade de cada um deles.
Nunca
conduzido de maneira documental, este trabalho acerta principalmente pelo seu
aspecto de ficção, apesar de sua base verídica. Por conta disso, o filme flui
o tempo todo como uma grande aventura ao estilo das antigas matinês, com um
sabor especial brasileiro, se atendo aos fatos históricos bem apresentados na
rica pesquisa realizada pela produção. Trata-se de um belo épico tupiniquim que
invoca a imagem do índio brasileiro e de sua importância dentro de nossa
sociedade.
Em
meio a todo o capricho da direção, nascem questões sérias, que envolvem o
complicado caminho de traições e impasses políticos para finalmente poder ser
concretizado o projeto do Parque Nacional do Xingu. Grandes defensores dos
direitos indígenas, os irmãos Villas-Bôas lutaram para proteger essa rica
cultura da interferência danosa de pessoas mal intencionadas, mas isso não
foi o suficiente para que os índios fossem poupados dos obstáculos que
surgiram nesse processo. Por isso, nossos heróis são acometidos por um tipo
de amargura e peso de consciência que irá marcá-los de maneira irreversível.
Ciente
dessa preocupação e dos anos de luta dos irmãos para proteger a cultura
indígena, o diretor estrutura seu trabalho com base no respeito pelos índios.
Hamburguer traça um panorama histórico da importância que os índios tiveram
no passado e têm até hoje dentro da história nacional, corroborando com a
política indígena espalhada pelos personagens do filme.
Não
se trata apenas de um trabalho compromissado com fatos históricos de grande
relevância para nossa história, Xingu é um filme-documento que promove os
ideais dos maiores sertanistas brasileiros e conscientiza o público da
importância do índio dentro da realidade coletiva de nosso país. Afinal, é
dentro daquelas matas e no meio daquele ambiente selvagem que se encontra o
verdadeiro Brasil.



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