Sinergia, o poder da cooperação
(Stephen R. Covey)
Textos ou leituras eficazes são aqueles que proporcionam um mergulho no
tema proposto, o que implicam tempo, duração e envolvimento. Mas nem sempre é assim. Sendo este um livro de
citações e a despeito do que desejam os seus organizadores, explicitamente
demonstrado na introdução:
“À medida que folhear estas páginas
absorva com o coração, a mente, o corpo e alma os conselhos nelas contidas.
Reflita sobre o que leu, avalie como se beneficiar da força criativa que
diferentes pontos de vista e estilos de vida podem trazer e o que é preciso
para que isso aconteça. Deixe que a sabedoria o inspire a desempenhar um papel
ativo na criação de uma sociedade onde as diferenças são respeitadas, a
diversidade é valorizada e o espírito humano é enaltecido.”
e por ser pequeno, (dá para ler numa tarde), corre o risco de ser esquecido
pelo leitor, apesar de possuir frases e conselhos fortes, capazes de criar nele
insigths, à medida que for encontrando esta ou aquela frase que lhe toque mais
fundo. Mas dois ou três dias depois, envolvido com as tarefas do dia-a-dia, é
bem provável que tudo o que lhe reste é uma leve lembranças das impressões nele
despertadas. A não ser que se decida a ler o livro Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes, de Stephen R. Covey e outros sugeridos na bibliografia constante no final deste.
Ou que faça a anotações da leitura, registrando aquilo que mais lhe chamou a
atenção.
Pode-se então concluir que a leitura desse livrinho é mais uma introdução
ao tema, uma isca inteligente que tem como propósito chamar nossa atenção para
uma das mais prementes habilidades a ser desenvolvidas por cada um de nós - a sinergia -, não
importando a profissão, o grau de instrução ou classe social. E o que seria
ela? É a cooperação baseada na
valorização das diferenças, que tem como meta a construção do todo, que vê o todo como maior que as partes. Quem é sinergético procura a cooperação em detrimento
da competição, se detém nos pontos fortes daqueles com quem convive e não nos
seus defeitos ou fraquezas. Quem é sinergético tem como princípio o respeito à
força e o poder da diversidade, busca a união e não a vida em castas separadas,
é um sonhador e aspirante a um mundo melhor, que trabalha sempre em conjunto
porque sabe que agindo assim realiza mais.
O desenvolvimento dessa habilidade implica numa verdadeira revolução nos
modos de ver a si mesmo e ao outro. Costumamos nos ver como pessoas
decentes, damos maior ênfase e atenção àquilo em nós que nos agrada e nos
esquecemos ou damos pouca atenção àquilo que ainda não somos ou não conseguimos
ser ou fazer. Em contraparte, costumamos focar mais os erros e as falhas dos
outros, sem nos determos naquilo que este outro faz bem ou que são seus pontos fortes. Ou
seja, somos extremamente benevolentes conosco e exigentes com os demais. Mas
tal comportamento não ajuda em nada nas relações interpessoais, pois nos tornamos
sensíveis e defensíveis quando somos criticados e cruéis quando se trata de
avaliar o outro, o que gera divisão, desconfiança, ressentimentos, baixa
produtividade (nas relações de trabalho) e distanciamento (nas relações
familiares, amorosas, estudantis e de amizade).
Por onde começar? É neste ponto que as citações do livro podem funcionar
como um farol, pois sugerem como objetivos ou tópicos a serem desenvolvidos:
·
Reconhecer nossas limitações (saber dos nossos
erros, paixões e preconceitos);
·
Aprender a viver para os outros;
“Quando você
aprender a viver para os outros, eles aprenderão a viver para você.” P.
Yogananda
·
Estar atento (ser o mesmo o tempo todo,
controlar a negatividade, manter-se presente, não reagir quando irritado por
alguém, dentre outros);
·
Ter a mente aberta;
·
Evitar
ser um cordeiro, um clone,
·
Não considerar os insultos uma coisa pessoal;
·
Aprender a aceitar (não é o mesmo que submissão,
é a não-resistência, ou seja, não debater-se com o que está posto, mas buscar
soluções que impliquem em superação do mesmo, implica na troca da atitude
defensiva por outra mais compreensiva e descontraída, que não se identifica nem
se deixa levar pelas emoções- que busca entender as variantes da situação a
partir de um ângulo mais objetivo e racional);
·
Ser proativo:
“Quem pode, faz,
quem não pode, critica.”
“Em cada
comunidade existe trabalho a ser feito.... Em cada coração existe energia para
fazê-lo.” Marianne Williamson
·
Ser dedicado, ser determinado;
“... As pessoas
determinadas encontram respostas)
·
Ver no outro um mestre;
“As pessoas que
mais nos desconcertam são nossos melhores mestres.”
·
Ser colaborador, que é a essência da sinergia e
que pode ser sintetizada neste mantra zen, que consta no livro:
“O caminho é
longo – vamos andar juntos.
O caminho é
difícil – vamos ajudar uns aos outros.
O caminho é
agradável – vamos partilhá-lo.
O caminho é só
nosso – vamos em frente com amor.
O caminho se
abre diante de nós – vamos começar.”Com essa breve amostra do que há no livro, vê-se que o risco de ser esquecido por seus leitores é pequeno, já que toca numa questão aguda, a da convivência. O livro funciona como um frasco de pílulas de sabedoria, capazes de despertar o interesse no tema em leitores avessos a livros longos ou por eles desconhecidos, mas de relevância inegável.
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