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O sexto sentido
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Segundo Kafka “queremos livros que nos afetem como um desastre”. Embora O
sexto sentido seja um filme, foi exatamente isso o que causou aos seus
telespectadores – os do cinema e os que deixaram para assisti-lo no conforto
das suas casas. Tal impacto se deveu não somente pelo tema tratado - o da
possibilidade de haver vida após a morte, mas também ao seu final
surpreendente, que suscita questões as mais diversas: há vida após a morte? É possível
que existam pessoas capazes de estabelecer contato com quem já morreu? Todos os
estados de loucura estarão livres de terem como causa provável a capacidade de
perceber outras formas de vida que não a humana, animal e vegetal?



O fato é que não se pode ter certeza absoluta de que só há vida em nosso
planeta, nem que a vida acaba após a última expiração, a última pá de terra ou
o corpo apenas cinzas.



Tais hipóteses respondem a muitos mistérios não solucionados ou
explicados cientificamente, como casas mal-assombradas, pessoas mentalmente
perturbadas e presas a remédios ou instituições - as tidas como loucas.



Como mostrou o filme, a tecnologia tem gerado instrumentos capazes de
produzir evidências, de captar fenômenos que avalizam as declarações de pessoas
tidas como insanas: luzes em fotografias, vozes e sons suspeitos em gravações.



Se há vida após a morte ou não é a questão principal do filme. Mas a cada
vez que é revisto, percebem-se outras questões também nele tratadas, como por
exemplo, o papel preponderante na vida de muitos que o trabalho ocupa – a
questão do equilíbrio da dispensação do tempo entre o trabalho e a família, bem
como o retorno de situações semelhantes na vida das pessoas até que essas sejam
compreendidas e superadas pelas mesmas. Para o doutor é mais importante ajudar
o garoto a superar seus problemas que salvar seu casamento. Somente quando
elucida o que atormenta o garoto e o ensina a lidar com seu problema é que ele
se volta para si e para a relação com a mulher. Por quê? Porque para muitas
pessoas o que elas fazem define quem são, ou seja, sua autoimagem positiva é
resultado daquilo que elas são capazes de fazer, do modo como deixam marcas no
mundo. Uma parcela delas tem claro que essa marca precisa ser positiva, elas
querem mudar o mundo ou fazer dele um lugar melhor, se não para todos, para os
que estão no seu círculo de relações. É o que se chama de dar sentido à
existência.



Quanto à outra questão, a de se
experiências semelhantes até que se esteja apto a superá-las, nem todos o
conseguem, porque isso implica em ser capaz de se auto-observar, de manter espaços
de tempo ou registros escritos, a fim de se autoconhecerem.



É no trabalho ininterrupto do
autoconhecimento que se vai percebendo padrões de comportamentos, que se vai
buscando informações capazes de potencializar o olhar sobre si mesmo e deste
modo ir identificando o que incomoda, em que se superou, em que se repete. Este
é um comportamento que deveria fazer parte de todos os currículos da educação
formal, para que as pessoas fossem aprendendo a ser responsáveis por seu
desenvolvimento nos diversos aspectos da vida: pessoal, afetivo, profissional,
religioso. O que se tem, infelizmente, é o olhar do outro a definir quem se é:
o olhar do pai, da mãe e de outros entes da família, o olhar dos professores,
da Igreja, dos chefes, do Estado. Sob este paradigma, o de não ser sujeito de
sua avaliação formativa, o que se forma são pessoas que repetem esse padrão:
dedicam mais tempo à vida do outro e lhe atribuem valores, em detrimento do
cuidado consigo. Daí a proliferação de delatores, dos invejosos, de jornais, de
programas de tevê, de rádio e de revistas que se dedicam às fofocas justamente
porque têm público. Até quando?



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