Transtornos invasivos do desenvolvimento não-auditivo: Síndrome de...
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MERCADANTE, Marcos T.; VAN DER GAAG, Rutger
J.; SCHWARTZMAN, Jose S. Transtornos
invasivos do desenvolvimento não-autísticos: síndrome de Rett, transtorno
desintegrativo da infância e transtornos invasivos do desenvolvimento sem outra
especificação. Rev Bras Psiquiatr. 28(Supl I):S12-20; 2006.
Resumo:
O transtorno invasivo do desenvolvimento
(TID) não-autístico compreende duas categorias bem definidas, incluindo
critérios operacionalizados (transtornos desintegrativo e síndrome de Rett) e
uma categoria residual maior, o transtorno invasivo de desenvolvimento - sem
outra especificação (TID-SOE).
A Síndrome de Rett se caracteriza pela
deterioração neuromotora, com sinais e sintomas particulares, presença de hiperamonemia.
Também é comum que as crianças portadoras desta síndrome não apresentarem a
fala. Já o Transtorno Desintegrativo, se caracteriza por uma série de sintomas
que incluem perda de capacidade motora e da fala, sendo que já foi chamado de
“demência infantis”.
As pesquisas atuais estão tentando
identificar grupos dentro da categoria de TID-SOE. Há algumas propostas de
categorias com base clínica (TDMC; EPD; transtorno de prejuízo multidimensional
e crianças esquizóides) e algumas categorias que estão relacionadas com
hipóteses de um déficit etiológico primário, que poderia levar ao fenótipo
comportamental (transtornos do aprendizado não verbal, SSP, transtornos de
vinculação).
É importante notar que nem todos os
indivíduos que preenchem critérios de transtornos do aprendizado não verbal,
SSP ou transtorno de vinculação preencherão critérios de TID. No entanto, esses
critérios globais têm sido úteis no planejamento terapêutico.
Para compreender melhor os prejuízos
observados no TID, os neurocientistas estão estudando funções básicas nos três
domínios. Tentando transitar do fenótipo observado ao endofenótipo mensurável,
os comportamentos complexos, tais como as interações sociais, têm sido
decodificados em suas possíveis origens. O estudo da atenção compartilhada
poderia ser um exemplo dessas iniciativas. Essa habilidade se refere à
capacidade de coordenar a atenção em um objeto com um parceiro social.
Vários comportamentos podem ser observados
com base na capacidade de unificar a atenção, por exemplo, responder à atenção
partilhada, iniciar a atenção conjunta, entre outros. As complexas modulações
desses comportamentos são realizadas por diversas áreas cerebrais, que podem
ser disfuncionais do ponto de vista individual, resultando em um espectro mais
amplo de manifestações Além disso, tem sido possível identificar alguns dos
mecanismos moleculares envolvidos na regulação dessas regiões cerebrais, tais
como os papéis da oxitocina e da vasopressina na memória de reconhecimento
social.
Com as novas tecnologias será possível
identificar as moléculas disfuncionais nas diferentes áreas cerebrais dos
indivíduos afetados. Quando se puder fazer isso, uma nova nosografia talvez
apareça.
Desse ponto de vista, é razoável considerar
que, no futuro, novos subgrupos irão provavelmente surgir dos grupos atuais TA
e síndrome de Asperger, da mesma forma que os novos subgrupos que estão
emergindo a partir do TID-SOE atual.
Com isso, após a leitura deste artigo, fica
a mensagem de que se deve ter bastante cuidado ao se diagnosticar esses
transtornos em crianças, primeiramente, devido a dificuldade de se perceber os
sintomas de forma precoce, e ainda para evitar que haja confusão com outros
quadros nosológicos, bem como para evitar a rotulação de uma criança.
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