Resumo de Thomas Hobbes -

Biografia:

Nasce em Malmesbury em 5 de abril de 1588 e morre em Hardwick
Hall em 4
de dezembro de 1679. Sua mãe da a luz a Hobbes
prematuramente, com medo da Armada Espanhola que estava para invadir a
Inglaterra. Seu pai era o vigário de Charlton e também de Westport, ambas
cidades próximas a de seu nascimento, porem, uma disputa com outro vigário os
obrigou a mudarem-se para Londres. Com 7 anos, o jovem Thomas fica sobre a
tutela do tio Francisco. Faz seus estudos iniciais na cidade de nascimento, e
depois em Westport, onde mostra sua habilidade com os estudos clássicos. Com 14
anos, em 1603, seu tio financia seus estudos na Magdalen Hall, em Oxford.
Hobbes foi matemático, filosofo e principalmente teórico politico, tendo
escrito entre suas obras as principais “Leviatã” no ano de 1651, e “Do cidadão”
também em 1651. A teoria politica do Leviatã também esta presente em duas obras
anteriores: “Os elementos da lei” e “Do cidadão” que foi feito antes, neste
Hobbes trata das questões da relação entre Igreja e Estado.

Em 1631 a
família de nobres Cavendish pede que Hobbes seja o guardião do terceiro duque
de Devonshire, contudo, Hobbes só assume este posto em 1642, antes faz uma
segunda viajem ao continente Europeu, onde na França entra para o circulo de
intelectuais do Padre Mersenne, o mentor de Descartes. Hobbes era favorável a
teoria mecanicista sobre o universo, o qual era muito forte na época, em total
oposição a teoria teleológica de Aristóteles e a teoria escolástica. Na sua
viagem pela Itália, conhece o famoso Galileu, apenas 6 anos ante s de Galileu morrer, e com a influencia
deste Hobbes monta a sua filosofia moral, com os princípios da geometria e das
ciências naturais. Em 1640 Hobbes volta a Paris por medo de uma guerra civil na
Inglaterra, já que ele era um defensor da monarquia, la é novamente recebido
pelo circulo de intelectuais. Em 1646, ainda em Paris, vira professor de
matemática do Príncipe de Gales, o futuro rei Carlos II, que também estava
exilado em Paris. Hobbes só volta a Inglaterra em 1651 com a morte do Rei
Carlos I, o fim da guerra, e o inicio da ditadura de Cromweel. Neste mesmo ano Hobbes publica o
Leviatã, fato que leva a serias criticas de John Bramall, bispo de Derry, que o
acusa de ser um “materialista ateu”.

Na Inglaterra
o Anti-Hobbismo que vinha cada vez mais forte, com a publicação de “De Corpore”
em 1665, onde houve a critica a posição de Hobbes para a matemática, toma força
em 1666 quando todos os seus livros são queimados.

Hobbes
defendia a ideia de que os homens só viveriam em paz se aceitassem viver sobre
um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja e o Estado, ambos
“cristãos”, deveriam formar um mesmo corpo, e encabeçado pelo monarca, onde
este teria o direito de interpretar as escrituras, decidir as questões
religiosas e presidir o culto. Hobbes critica a forma protestante da livre
interpretação da bíblia, por enfraquecer os estudos de Richard Tuck, que falava
sobre os problemas do método cartesiano, formado pela filosofia moral. Hobbes
argumenta que assim como os céticos e como Rene Descartes, não podemos conhecer
o mundo exterior apenas com as impressões sensoriais que temos dele.

Hobbes
escreveu muitos livros sobre filosofia politica, e demais assuntos, descrevendo
a natureza humana como cooperação em interesses próprios. Escreveu uma grande
obra intitulada “Meditações sobre filosofia primeira”, obra de Descartes, esta
obra serve como uma resposta da mesma.

Hobbes viveu
até os 91 anos, em uma época em que a expectativa de vida não passava dos 40
anos. Mesmo sendo criticado severamente, ele se torna uma espécie de símbolo da
Inglaterra.

Contexto Histórico:

Thomas Hobbes
nasce na Inglaterra dos Tudors.
Foi influenciado pela reforma anglicana que ocorre cinco décadas antes de seu
nascimento. A fusão estado e igreja faz com que a Espanha intervisse nos
assuntos ingleses de forma bem forte com a Invencível
Armada (“Grande y
Felicíssima Armada”), este fato esta presente na autobiografia de Hobbes, e
também, tem grande influencia na sua obra. Este século (XVII) foi de enorme
importância para a Inglaterra, pois nele ela vive o começo do expansionismo
colonialista ultramarino, com a fundação de Jamestown, a primeira colônia
inglesa presente nas Américas no ano de 1607. É também neste século que nascem
as bases para o capitalismo industrial, com a Revolução Gloriosa já no fim do século. Neste
período também a Inglaterra se consolida como o pais com a Marinha mais bem
equipada do mundo, fato que só muda na segunda guerra mundial para os EUA. Esta
marinha mais tarde contribui para o expansionismo, e também, para a expansão
industrial.

Este século
na Europa é o marco do absolutismo monárquico, tendo como expoente máximo, Luis
XIV, também conhecido como o Rei Sol, rei da França. O barroco nasce,
baseando-se no dualismo existente o hedonismo e o medo do pecado ou fervor
religioso, enquanto a busca pela essência humana já estava presente no
Renascentismo.

Na Boemia
acontece a Guerra dos Trinta Anos, fato que ira reforçar a Hobbes a sua própria
visão pessimista a cerca da natureza humana, a que ele chama de destrutiva.
Apenas 12 anos depois do inicio da guerra, disputas politicas entre o
parlamento e o governo inglês dão inicio a uma guerra civil na Inglaterra que
ira durar 10 anos.

Hobbes nasce
e vive em uma Inglaterra onde A Revolução industrial tornou os métodos de
produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais
rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado,
aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos
poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição
sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram
consequências nocivas para a sociedade.

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