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Os Outros
(Alexandre Koball)

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Apoiando-se
no pequeno ressurgimento do gênero que O
Sexto Sentido proporcionou, Os
Outros surpreendeu e tornou-se um pequeno sucesso em 2001, assustando
milhões de pessoas ao redor do mundo. E o melhor: nada de adolescentes acéfalos
correndo desesperados de uma faca: o grande trunfo desse filme é conseguir
mexer com o subconsciente do espectador, revelando emoções e temores mais com a
sugestão do que com gritos histéricos e assassinos mascarados.

Ótimo
exercício de suspense, proporcionado pelo competente diretor espanhol Alejandro
Amenábar e produzido por Tom Cruise.

Com
apenas um grande nome no elenco – Nicole Kidman – o filme possui alguns
momentos de fazer gelar a espinha. Obviamente isso pode acontecer dependendo do
quão impressionável é seu espectador, mas o sucesso comercial de um filme tão
pequeno demonstra que muitos concordam com essa afirmação. O público gosta de
ser assustado, pelo menos no conforto do sofá ou do cinema, e para a grande
maioria dele, que certamente já estava cansado dos filmes de assassinos em
série, este pode representar uma inovação bem-vinda.

O
filme é acusado por uma grande legião de espectadores de ser uma cópia, apenas
um pouco modificada, de O Sexto Sentido, mas esses espectadores não poderiam
estar mais enganados. O filme tem também um final chocante e surpreendente e há
elementos comuns entre os dois finais, mas o caso é que a acusação de cópia,
embora seja entendível, não é realmente verdadeira. Os dois filmes têm apenas o
gênero em comum, porém sua ambientação é extremamente diferente.

É
um dos raros trabalhos que conseguem envolver o espectador apenas com seu
visual, e a cada minuto que passa fica mais difícil se desvencilhar da
curiosidade e de não sentir o medo que os personagens sentem. A história é
sobre uma mansão mal-assombrada em um local isolado. Grace (Nicole Kidman) mora
lá com seus dois filhos, que possuem uma doença e não podem serem expostos à
luz solar. Todos os lugares da mansão são, portanto, mergulhados na escuridão
total, mesmo de dia, através do uso de pesadas cortinas. A sensação é de uma
noite infinita, pelo menos para as duas crianças que não podem sair de casa durante
o dia.

O
marido de Grace está desaparecido por causa da guerra, e ela vive uma vida
infeliz por causa da espera pelo seu retorno e das dificuldades que a doença de
seus filhos proporcionam. Vale destacar ainda a participação dos dois empregados da
casa, sra. Mills e sr. Tuttle, que trarão um ar de mistério ainda maior ao
lugar. O elenco é realmente pequeno (há mais alguns personagens, mas participam
muito pouco), o que ajuda a manter a ambientação constante de mistério que
cerca os acontecimentos da mansão, até o grande final-surpresa.

Produzido
com um orçamento modestíssimo para os dias atuais, de apenas US$ 17 milhões, o
filme conta com grande parte técnica, principalmente a fotografia, que com o
maravilhoso uso da luz e de sombras possibilita criar a ótima ambientação. A
mansão é um local em certos momentos tenebroso, com objetos antiquados de
formas tristes e cores mortas. A trilha sonora é cuidadosa e, embora não seja
de qualidade destacável, ajuda na criação do clima (e ao contrário dos filmes
que se dizem de terror, nos últimos anos, ela nunca se sobressai em relação às
imagens).

Os
Outros não possui nada de realmente inovador se comparado à história do cinema
em si. Mas se analisarmos apenas os últimos anos, é um dos melhores filmes
Ocidentais do gênero, e no meio de tanta baboseira, ele trouxe certamente uma
sensação de ar fresco.



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