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Os demônios de Max Weber: o homem e o direito no capitalismo moderno
(Ed Carlos de Sousa Guimarães)

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É importante entender que capitalismo para Max Weber não
é um fenômeno com data histórica. Ele é um conceito analítico, um tipo ideal,
que não se confunde com a realidade em si, sendo um meio de interpretação dos
fenômenos sociais.



No momento em que Weber caracteriza a apropriação privada
dos bens de procução, sinaliza que ao mesmo tempo em que os aparelhos, movidos à energia
hidráulica, estavam a serviço do homem, a máquina está voltada para a produção.



Weber logo mais, escreve subjetivamente a sua ideia de
desencantamento do mundo. Considera que a aliança entre o capitalismo e a ciência
geraram no mundo ocidental uma produção que pudesse tomar o espaço da tradição.



O sociólogo descreve o recrutamento
dos trabalhadores alegando que os indivíduos eram anexados para que seus corpos se tornassem dóceis e
domesticados. Tal fixação ocorre em aparelhos de normalização de homens.
São aparelhos, conforme percebido por Weber de produção, formação, reformação
ou correção de produtores. Esses trabalhadores eram observados, vigiados, classificados,
registrados, e seus comportamentos eram analisados e comparados.



O direito foi separado dos princípios éticos e acabou por
se tornar um instrumento da construção institucional e da regulação do mercado,
passando a se preocupar apenas com a racionalidade instrumental, com o
formalismo técnico-racional e com a aplicação lógica e coerente das normas,
seguidas por um ordenamento jurídico que se basta a si mesmo, não
levando em conta os fenômenos sociais.



A subsunção do homem moderno à terrível "gaiola de
ferro", identificada por Weber, antecipava-se na análise do perigo do
desencantamento e da privatização do espaço público, o que culminaria com o
ofuscamento da capacidade
de julgar dos homens selecionados para pertencer ao corpo burocrático do Estado
Moderno, como bem analisou Hannah Arendt mais tarde ao refletir sobre a
carnificina ocorrida na Alemanha hitlerista, que considerava que a
burocracia é o mando de ninguém.



Mesmo com um fundamento extremamente individualista, não
existe nenhuma convicção ética-religiosa capaz de deter o capitalismo. O protestantismo
deu ao capitalismo uma teoria possuidora de ética racional de existência,
pregando a necessidade de servir unicamente à vontade de Deus; não se deixar
seduzir pela concupiscência, tendo a perda de tempo como o pior dos pecados, e
orientação de dominar os impulsos e as irracionalidades. O resultado foi este:
operários disciplinados para o trabalho.



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