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Preciosa
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"Preciosa" traz uma história diferente, pelo menos para os padrões hollywoodianos. O filme tem seu foco central na personagem Claireece Precious Jones (Mo'Nique), adolescente, negra, vítima de violência doméstica e segregação social. Até aqui, infelizmente, nada longe do dia a dia de negros e negras nas grandes cidades do mundo, só que, nesse caso, o papel-título é interpretado por uma adolescente sem prévia experiência na dramaturgia, à maneira inaugurada, no cinema, pelo neorealismo italiano na década de 60. Os produtores, dentre eles a famosa e influente apresentadora Oprah Winfrey, buscaram dar o tom mais realista possível a uma narrativa claramente densa. A garota Precious parece mesmo enfrentar o inferno em cada espaço da sua vida. Seu pai abusava dela diante do olhar complacente da mãe, o que acabou fazendo dele o pai dos dois filhos de Precious. Um dos filhos, inclusive, tem síndrome de down, circunstância lamentavelmente não tão incomum nos casos de incesto.Já a mãe é a própria personificação do mal. Mesquinha, preguiçosa e cruel, ela obriga Precious a levar uma vida terrível, e a mera resignação já seria uma virtude admirável da adolescente nesse quadro, mas ela vai além. Depois de ser transferida de uma escola comum, pois suas notas eram demasiado fracas, ela busca resgatar a dignidade de ler e escrever. Tal busca a leva, pela primeira vez ressalte-se, a refletir sobre sua condição, através de redações entregues à professora como exercício de estudo. Aqui, sem dúvida, o maior mérito do filme, à parte a bela atuação de Mo'Nique: contar a história sem reviravoltas mirabolantes, nem subterfúgios fantásticos.Falta ao filme, contudo, aquela aura de perplexidade e a vontade de mudança que deveria ser natural diante de um quadro tão aterrador. Se não por quem sofre as indignidades, ou muito menos por quem as comete, pelo menos por quem se envolve com a trama com algum poder de decisão nas mãos. Por incrível que pareça, essa tarefa de mostrar-se indignado com o que se passa e cobrar soluções cabe à assistente social Weiss, interpretada pela cantora Mariah Carey que, se não chega a ser um desastre no papel, também passa longe de convencer. Cabe a ela diminuir a pensão da mãe de Precious, já que a adolescente decide sair de casa. Entretanto, sua vontade é tênue, e ela busca conciliações e diálogos, protelando uma solução óbvia. Alguns conflitos que surgem nesse cenário são completamente desnecessários, portanto. Por tudo isso, trata-se de um filme que inova pelo olhar, mas peca pela superficialidade.



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