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Noturno do Chile
(Jeronimo Teixeira)

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Romance
publicado no ano 2000 pelo escritor chileno Roberto Bolaño que se tornou uma de
suas obras mais aclamadas mundialmente.

Reuniões
literárias de qualquer gênero sempre reúnem aspirantes esperançosos de arrancar
elogios de algum escritor célebre. É essa qualidade aliciante do mundinho
literário que seduz o padre, crítico e poeta Sebastián Urrutia Lacroix,
protagonista de Noturno do Chile. Arrastado pelo pecado mortal da vaidade
literária, ele acabará se tornando um cúmplice da tortura. Com esse personagem
irritante e esquivo, o escritor chileno Roberto Bolaño armou uma inteligente
reflexão sobre os limites morais da literatura.

A
novela acompanha o delírio do padre Sebastián, que revisa sua vida em uma noite
febril. O texto tem apenas dois parágrafos, o primeiro ocupando quase 120 páginas
e o segundo, uma única e devastadora frase final. Ao lado de estranhas figuras
fictícias, desfilam personagens reais, como os poetas Salvador Reyes e Pablo
Neruda e o ditador Augusto Pinochet. Alguns fatos políticos são referidos
apenas obliquamente, como se o narrador mal tivesse ciência do que acontecia no
seu país. No entanto, o padre Sebastián acaba penetrando nos círculos mais
altos do poder: é chamado para dar aulas de marxismo a Pinochet e sua junta
militar, que desejam conhecer o pensamento do inimigo. O episódio tem um tom
deliberadamente farsesco. Mas também há uma tensão trágica subjacente a toda a
narrativa. Sem perceber, Sebastián, em suas aulas, delata uma professora
chilena como comunista. Mais adiante, o padre será um dos freqüentadores de um
salão muito badalado pela intelectualidade de esquerda. Ninguém suspeita que,
no porão da casa elegante onde se recitam poemas e se critica o regime, existe
uma sala de tortura.

Roberto
Bolaño, que foi preso e depois exilado durante a ditadura de Pinochet, denuncia
a má literatura de seus compatriotas como um crime: palavras vazias não matam,
mas ocultam o cadáver.



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