A Filosofia e o processo evolutivo da geografia”
(Caio Lóssio Botelho)
A primeira parte do livro apresenta o tema das “Correntes do Pensamento Filosófico e a Geografia”, analisando questões voltadas para a compreensão da filosofia como uma força de alcançar o saber “puro”, um saber pelo saber. Epistemologicamente, nesse contexto, as ciências precisam definir claramente não só os seus métodos, como também os seus objetivos específicos. Após discorrer sobre as correntes do pensamento que influenciam a geografia, dentre elas o positivismo e o materialismo dialético, temos, na segunda parte, a análise das “Correntes do Pensamento Geográfico”. A começar pela escola determinista, ligada aos estudos alemães, o autor faz um tour de force que passa escola possibilista, basicamente francesa, e passando ainda pela teorética; a radical marxista; da percepção; utilitária e, ao final, a humanística. O intuito é mostrar as contribuições de cada escola, em especial a não identificação de um só critério de pesquisa, como a economia, mas sim as condições psicológicas e físicas dos indivíduos e das sociedades. Como afirma outro geógrafo importante, Rui Moreira, convém lembrar que as questões de poder permeavam (e permeiam) os estudos por trás de escolas encobertas em nacionalismo, às vezes mal disfarçado, como na Alemanha expansionista ou na França possibilista em resposta. Por fim, na terceira parte temos uma breve exposição sobre “A Geografia como ciência do espaço: Ecologia e Planejamento Regional”, que trata da formação socioespacial enquanto projeção sistema sociocultural sobre o sistema ecológico, unificando, por assim dizer, a geografia ao afastá-la da sua dicotomia clássica entre física e humana.
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