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O Português que nos pariu
(Angela Dutra Menezes)

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Obra
da escritora e jornalista brasileira Ângela Dutra de Menezes que aborda a
História de Portugal, do ponto de vista de uma brasileira.

Apoiada
em um texto leve e irônico perpassando todo o livro a leitura é muito agradável.


Várias
facetas da História são mostradas de forma simples e direta a começar pela
colonização do Brasil pelos chamados "judeus sefarditas", fugitivos
da Santa Inquisição espanhola que encontraram abrigo em Portugal. Com a chegada
desta a terras lusitanas muitos destes judeus fugiram para o Brasil a fim de
escapar da fogueira, colonizando áreas distantes do litoral àquela época - como
a Baixada Fluminense.

Muitos
dos sobrenomes mais comuns em nossa terra são derivados destes judeus, bem como
parte considerável de nossa cultura. Outro ponto curioso é que em Portugal eles
se "convertiam" ao Cristianismo mas apenas para visibilidade pública,
pois privadamente continuavam professando a religião judaica, sob "vistas
grossas" dos reis portugueses. Tal arranjo mudou com a chegada da Santa
Inquisição a terras portuguesas e, mais ou menos na mesma época, à quebra do
Tesouro; o que levou o governo a apoiar tais processos a fim de se apropriar
dos bens judeus.

O
livro aborda também as Grandes Navegações portuguesas. Pedro Álvares Cabral,
por exemplo, não era um exímio navegador, mas foi colocado como comandante da
expedição que tomaria posse do Brasil - a autora defende com teses bem
consistentes que Portugal já sabia da existência das terras que posteriormente
seriam chamadas de brasileiras. No entanto, os comandantes das treze naus eram
navegadores experientes de modo que Cabral foi uma espécie de "rainha da
Inglaterra". Angela Dutra relata ainda a desgraça com que ele foi recebido
na volta, por terem sobrado apenas três caravelas e perdido alguns comandantes
bastante experientes da esquadra.

Alguns
reis são retratados de forma bem diferente daquela que aprendemos na escola.
Descobre-se que o Rei Sebastião possuía traços visíveis de megalomania e um
profundo misoginismo. A invasão ao Marrocos comandada por ele tinha tudo para
dar errado, e resultou não somente na morte do Rei como na dizimação de boa
parte da nobreza do país à época. Como resultado não somente o país foi anexado
à Espanha como o "sebastianismo" se enfronhou de forma decisiva na
alma lusitana.

Perfil
também bastante interessante é o de D. João VI e sua imensa habilidade
política, ao contrário da fama histórica de "paspalho comedor compulsivo
de frangos assados". Destaque para o fato dele ter frustrado todas as
tentativas de D. Carlota Joaquina em empreender algum tipo de poder real no
Império, bem como ter sido o único soberano europeu continental a não ter sido
preso ou dominado por Napoleão.

A
propósito, as cores do Brasil na verdade são as cores da Casa Real de Bragança,
que comandou Portugal por três séculos.



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