Sistema Didático de Ensino Cientifico
(Nelson José de Camargo)
Que a vida surgiu com os organismos primitivos, que pouco a pouco foram se transformando e evoluindo para formar seres mais complexos é um fato amplamente aceito pela ciência. Restava apenas explicar de que modo se deu a evolução. O naturalista francês Jean Baptiste Lamarck (1744-1829) havia proposto a teoria dos caracteres adquiridos. Segundo essa teoria, uma ação repetida muitas vezes era capaz de gerar transformações em um indivíduo, que seriam transmitidas a seus descendentes. A girafa, por exemplo, era descendente de uma espécie de antílope, que em determinado momento teve de alimentar-se das folhas de árvores. Como esses antílopes tinham que esticar o pescoço para alcançar as copas das árvores, a repetição contínua desse ato ocasionou o crescimento do pescoço do animal. Quanto mais um órgão era utilizado, mais ele se desenvolvia , acreditava Lamarck. O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) elaborou uma teoria que procura explicar o aparecimento das diferentes espécies de seres vivos. Darwin realizou muitas viagens ao redor do mundo, visitando locais como as Ilhas Galápagos, a Ilha de Páscoa e inclusive o Brasil, como naturalista de bordo do navio Beagle. Em qualquer grupo natural, há indivíduos com características diferentes. Há homens mais altos, mais baixos, mais gordos, mais magros, há cavalos mais velozes, mais fortes, outros capazes de sobreviver a temperaturas extremas, enquanto outras dependem de condições ambientais excepcional para sobreviver. Quando mutações trazem benefícios à espécie, tornando-a mais adaptada às condições do momento, elas serão transmitidas para os descendentes, assim ocorre a evolução.
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