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O Espetacular Homem Aranha
(Érico Borgo)

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Direção:
Marc Webb

Roteiro:
Alvin Sargent, James Vanderbilt, Steve Kloves

Elenco:
Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Denis Leary, Martin Sheen, Sally
Field, Irrfan Khan, Campbell Scott, Embeth Davidtz, Chris Zylka.



Ao
ser picado por uma aranha radioativa, o franzino Peter Parker recebe a força e
a agilidade proporcionais às de uma aranha, além de um sentido que permite
fazê-lo pressentir o perigo. A beleza da história, criada por Stan Lee e Steve
Ditko no início da década de 1960, reside no fato de que um nerd, extremamente
impopular no colégio, alvo de bullies, e sem as ferramentas sociais que lhe
valeriam uma namorada, amigos ou um lugar no grupo, é subitamente embuído
desses poderes que lhe transformam a vida por acaso.

Em
O Espetacular Homem-Aranha, Peter Parker não é uma vítima, mas um herói desde o
início. Parker, na pele de Andrew Garfield, não tem nada de desajeitado: anda
de skate, usa lentes de contato e enfrenta valentões de peito aberto - ao
receber seus poderes, a única mudança é que ele efetivamente consegue
derrubá-los. A ideia rouba do personagem sua premissa básica, na qual Peter
nunca desejou tais poderes e precisa, diariamente, lutar para alcançar o homem
em que foi transformado.

Mesmo
que não sejam exatamente os que já conhecemos das HQs e da última trilogia, os
personagens são ótimos. Mas o roteiro remendado exige uma carga extra de
suspensão de descrença (maior do que acreditar que alguém vira uma
aranha-humana ao ser picado) quando entram os elementos super-heróicos. A
ciência, afinal, tem seus mistérios, mas não dá pra aceitar que Gwen Stacy, uma
mera estudante colegial de 17 anos, por mais brilhante que seja, se torne uma
superestagiária-chefe em um dos maiores laboratórios de pesquisa do mundo,
cheia de responsabilidades que serão a chave para a resolução da trama. A
história, portanto, depende demais de coincidências convenientes para se manter
em pé. Acompanhe: o pai de Peter está relacionado ao cientista Curt Connors,
que por sua vez é chefe de Gwen Stacy, que estuda na mesma classe de Peter, que
encontra a pasta de seu pai que contém documentos indispensáveis à pesquisa de
Connors, na qual Gwen trabalha ativamente.

A
escolha do vilão, vivido por Rhys Ifans é boa. Na trilogia de Sam Raimi, o
Doutor Curt Connors já havia aparecido duas vezes, mas sempre numa promessa de
tornar-se o vilão do filme seguinte. Agora, surge diferente e mais inteligente,
falador até. O antagonista funciona dentro das pretensões do filme, tanto como
elemento que move a trama como oponente físico, garantindo a ação.

A
necessidade de recontar a origem é problemática. Por que não começar o filme no
colegial, com Peter já transformado? O público é tão burro assim que precisa de
tudo explicadinho desde o início todas as vezes? Além de parecer desnecessária,
essa ideia está muito mais preocupada em mudar o que já está estabelecido do
que em mostrar uma história de como Parker tornou-se o Aranha. O Tio Ben sempre
foi a figura paterna de Peter, posição que o pai biológico jamais ocupou. Ao
insistir na trama da busca das origens, o filme tira a força da relação de
ambos, que é dramática para o entendimento das motivações do herói.

Essa
linha dramática, da busca do pai e a "verdade sobre ele", é
descaradamente deixada sem resolução, como um gancho para o próximo filme, sem
qualquer sensação de conclusão. Se levarmos em conta a cena pós-créditos,
parece que essa ideia lamentável, uma tentativa óbvia de aproximar Peter Parker
de outros "garotos que descobrem que estão destinados a coisas
maiores" de franquias cinematográficas ainda voltará...

Tecnicamente
é uma produção competentíssima, toda filmada em 3-D e que busca usar a técnica
de maneiras pouco vistas no cinema estereoscópico, como em sequências em
primeira pessoa. Nesse sentido, o resultado é ótimo e a ação empolga em vários
momentos, com a caracterização do personagem em termos físicos mais fiel aos
quadrinhos já vista nas telas. O herói se balança com leveza, assumindo posições
e saltos típicos das HQs.

Enfim,
Marc Webb fez um bom trabalho com o texto que lhe foi dado pelos produtores,
pena que esse roteiro não esteja à altura do legado do personagem tanto nos
quadrinhos, como no cinema.



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