Precisamos falar sobre o Kevin
(Lionel Shriver)
Ao
escrever sobre Kevin Khatchadourian, um adolescente de 16 anos, autor de uma chacina que liquidou sete
colegas, uma professora e um servente de um colégio dos subúrbios de Nova York,
a escritora Lionel Shriver não apresenta apenas mais uma história de crime,
castigo e pesadelos americanos: arquiteta um romance epistolar em que Eva, a
mãe do assassino, escreve cartas ao marido ausente. Nelas, ao tentar entender o
massacre, constrói uma reflexão sobre a maldade e discute um tabu: a
ambivalência de certas mulheres diante da maternidade e sua influência e
responsabilidade na criação de um pequeno monstro.
Lionel Shriver mostra a história de Kevin Katchadourian, através dos
olhos de sua mãe, Eva Katchadourian,
que após decorrido um longo tempo do dia do massacre decide começar a escrever
cartas para Franklin, seu
ex-marido. Através destas cartas o
leitor descobre que Eva nunca quis ter um filho, ela, na verdade, queria
ser simplesmente a mulher de Franklin, mas para realizar o desejo do
marido, resolve engravidar. E é então que vem ao mundo Kevin, que desde pequeno
se mostra uma criança dificil de se lidar.
Dois anos depois do crime, ela visita o filho
regularmente em uma casa de correção para menores. Aterrorizada por suas
lembranças, Eva faz um balanço de sua trajetória onde analisa casamento,
carreira, família, maternidade e o papel do pai.
O
romance, o sétimo de Shriver, ganhou em 2005 o Orange Prize, um prêmio
britânico para autoras de qualquer nacionalidade que escrevam em inglês.
Em
2011 o romance foi adaptado para o cinema pela diretora escocesa Lynne Ramsay,
mas, como quase sempre acontece, fica devendo ao livro que merece ser
lido.
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