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Sistemas DE INFORMAÇÃO: uma abordagem teórico conceitual
(Vânia Maria Hermes de Araújo)

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O texto é um resumo da tese de doutorado,
apresentada pela doutoranda Vânia Maria
Rodrigues Hermes de Araújo ao curso de Doutorado em Comunicação e Cultura da
Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.



Seu
questionamento inicial por que vem falhando os sistemas de
informação? remete uma afirmativa:
os sistemas de informação estão falhando. Faz referência à própria literatura
da área que se preocupa com a correção
das falhas incluindo modernas abordagens no intuito de proporcionar maior
satisfação aos usuários buscando compatibilizar
os sistemas de informação com uma
sociedade pós-moderna.



A extensa bibliografia pesquisada e os rumos
que nortearam o seu estudo objetivando soluções para o problema apresentado,
indicam que as preocupações da área fundamentam-se em intrincados fenômenos de naturezas diversas.
A autora se aprofunda em teorias e
conceitos de outras áreas do conhecimento procurando se encaminhar para uma
resposta.



Inicia
sua explanação conceituando informação que de acordo com Breton e Proulx mistura de famílias de significados
associados ao conhecimento e dos significados que são agrupados em torno da
idéia de ‘fabricação’, de ‘construção’. Colocar em forma, informar. Na verdade,
informação não é um conceito único, mas uma série de conceitos, entre eles vale
destacar o aspecto filosófico no qual se discute a causa fundamental, a
natureza e a função da informação de forma mais abstrata. Informação no sentido
mais amplo é aquilo que muda ou
transforma a estrutura só ocorrendo no interior dos organismos. Assim a
mensagem só é transformada em informação quando pode alterar a estrutura
cognitiva de um organismo. Ao afirmar que a informação é tudo aquilo que
transforma e altera estruturas, sugere também que é a mais poderosa força de Mudança transformação do homem.

Quando
a autora reforça essa afirmação, põe em dúvida se a Ciência da Informação se ocupa
realmente da informação do mesmo modo em que ela faz o reempacotamento
e a reembalagem das mensagens com a disseminação desse produto fazendo
simplesmente o encontro da mensagem com o receptor. E ainda comenta que segundo
Cherry, a transmissão da informação pressupõe um processo de comunicação; uma
questão essencialmente social que significa organização. A organização que impulsiona
o desenvolvimento das sociedades. A circulação da informação, do conhecimento
carregado de valor científico e tecnológico cumpre um destacado papel na
transformação da sociedade pós-moderna.



Diante da complexidade da explosão da produção científica e tecnológica de que o
mundo se vê cercado, a autora preocupada com o caos vivido pelos Sistemas da
Informação (SIs) e Sistemas de Recuperação da Informação (SRIs), faz um estudo
minucioso tentando apontar científica e filosoficamente os fenômenos segundo os
quais a informação se vê inserida
motivada não só pela produção exacerbada de documentos científicos, como
pelo avanço descontrolado da produção tecnológica. É uma situação caótica para
a qual a autora busca explicação na entropia, fenômeno baseado em princípios da
termodinâmica: a lei da universalidade e a lei da irreversibilidade. A primeira
lei estabelece que embora a energia não possa ser criada e nem destruída, pode
ser transformada. A segunda estabelece que a cada vez que a energia é
transformada de um estado para outro, haverá menos energia disponível para
transformações futuras.



Os
conceitos de entropia e informação, referindo-se ao modelo (fonte – emissor –
canal – receptor), estão ligados ao grau de desorganização existente na fonte. Quanto
maior a desorganização (entropia, incerteza) maior o potencial de informação
dessa fonte. Uma fonte que responda com a
única e mesma mensagem a toda e qualquer pergunta não transmite informação, já que
não há redução de incerteza.

A
saturação do sistema não pode ser evitada, mas, pode ser atenuada.

A
solução para o impasse apontada pela autora remete a um redimencionamento de
todo processo: inverter o crescimento
exponencial para reverter o sistema a tamanhos menores, mais adequados, implica
uma revisão do próprio sistema. Reversão significa retroceder regressar; a
reversão para o nosso problema seria uma reconstrução mental; repensar para uma nova visão de mundo em
termos de tamanhos mais adequados. Os resultados, segundo a autora, seriam
imensuráveis: nova abordagem teórico-conceitual de informação; sistemas
menores, mais adequados a seguimentos diversificados de usuários; revisão do
processo e do processamento dos documentos; reconceituação do profissional e
uso inteligente da tecnologia aplicada
à informação.



Podemos
concluir que o estudo realizado pela doutora Vânia Maria Rodrigues que
trabalhou extenuadamente sobre o assunto Sistemas de Informação, foi muito
esclarecedor. Dimensiona o
relacionamento entre Informação como fenômeno social, entropia como fenômeno da
física, teoria do caos como fenômeno estudado pela filosofia e sociologia,
estreita e aprofunda ainda mais a inter-relação entre as áreas do conhecimento
e ainda aponta algumas sugestões valiosas. O campo da teorização é muito vasto;
apontar os erros, mesmo quando se mostram soluções não parece difícil, mas é
quase impossível reverter situações de tão grandes proporções com tantas
frentes de revisão a serem trabalhadas. Porém, podemos começar por aprender com nossos próprios erros e tentar
corrigi-los.



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