Ensino e aprendizagem de LE
(Josias Ricardo.)
A partir de uma abordagem social do ensino/aprendizagem de LE,localizamos nosso objeto de estudo dentro da Linguística Aplicada, ciência queestuda situações reais de fala e se propõe a intervir a fim de aperfeiçoar osprocessos existentes. A LE e o ensino/aprendizagem de LE também sãoinstrumentos de comunicação, de informação e de mudança social. Logo, éfundamental para esta concepção de linguagem a noção de que as subjetividadessão construídas no discurso. Ao invés de um sujeito uno, racional, capaz de idéias eexperiências anteriores à linguagem, bem como fora dela, uma visão pósestruturalistasugere que uma vez que as subjetividades são construídas eassumidas em discursos concorrentes e neles posicionam-se, elas constituemespaços múltiplos e contraditórios (CABRAL et al., 2001). Quer dizer, todo ensinode LE é ideológico, assim como a aprendizagem possui objetivos específicos. Assim, na visão da Linguística Aplicada crítica, fortemente influenciada pelonosso atual mundo pós-moderno, a linguagem se desvencilha da camisa de forçado estruturalismo e é definida e construída nos atos de fala, na comunicação e nainteração. Enfim, uma linguagem latente num mundo estabelecido pela história daciência e dos avanços tecnológicos, mas que através das rápidas mudanças sociaise políticas, com avanços das TIC e as perspectivas para a educação, tem semostrado cada vez mais complexo e constituído nas próprias relações e utilizações das linguagens como elemento constitutivo das relações humanas e sociedades. Neste trabalho, enfocamos o ensino/aprendizagem de LE, sobretudo, nahabilidade de produção oral, especificamente em língua inglesa. Pois esta écertamente a habilidade mais requerida pelo mercado de trabalho dos futurosprofessores de inglês, assim como é a habilidade indispensável para o êxito nopróprio relacionamento pessoal e social do falante de inglês como LE. Nestaperspectiva, Coracini (2003, p.154) aponta que “o grau de maior ou menor sucessodepende do maior ou menor envolvimento do falante enquanto sujeito do discurso,do grau de estranhamento do aprendiz e da maneira como reage a ele”. Ou seja, éimprescindível ao aprendiz de uma LE um envolvimento e uma identificação pessoalcom a sua língua foco de estudo. Por isto, não se pode pensar que a aprendizagemde uma LE é totalmente consciente, e que o aprendiz nunca vai conhecerperfeitamente esta língua. Pelo contrário, mais do que conhecer uma LE, o falantepode saber uma LE, ser falado e representado por ela.Outro fator extremamente importante para a aprendizagem
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