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Manoel DE BARROS: COSMOGONIA POÉTICA
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Manoel de Barros é o nome público do poeta Manoel Wenceslau de Barros Leite. Ele nasceu em Cuiabá, hoje capital do estado de Mato Grosso do Norte, mas foi criado na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, portanto, na chamada região do Pantanal, tão cara ao imaginário brasileiro com suas paisagens de matas virgens quase submersas nas águas. Os temas da poesia de Manoel de Barros, que acumula mais de vinte livros publicados, sendo alguns títulos totalmente voltados para crianças, é a linguagem ou seja a palavra que recebe nele um tratamento especial de se tornar "naturalizada" oucoisificada e também de atingir um estado mais aproximada possível do seu significado primevo ou original. Para isto ele trabalha com a pesquisa da palavra em suas origens mais remotas porque o poeta não deseja as palavras " fatigadas de informar" ou "acostumadas". Assim, o processo de construção do discurso do poeta é no sentido de promover uma "desautomatização" "desacostumadas" nos termos aqueles que vão designar com que as coisas que envolvem seu universo poético As palavras assim organizadas alimentam uma poesia que registra um alto grau de estranhamento, ou seja de poeticidade que visam causar fortes impressões estéticas, numa que se volta também para a metaliteratura e também para a figura do poeta como inventor. Estes temas colocam-se no alvo dos interesses dessa linguagem que resulta de intensa pesquisa, com prevalência da oralidade e coloquialidade e com um registro de fala que evoca a do caipira daquela região do Brasil. Outro aspecto fundamental da poética barreana é o de eleger a criança como símbolo dessa linguagem inventiva, que se inscreve sob o primado da imaginação, que faz o elogio da pureza, da ingenuidade, mas também das peraltices de uma criança nas explorações de seu mundo. O outro aspecto muito peculiar dessa poésia poética é a eleição das coisas ínfimas e desimportantes, assimo como do execrado pois os subtemas e motivos de sua poesia contemplam a sucata, o material imprestável, aquilo que podemos identificar como o material excedente produzidos no mundo artificial da indústria. A criança na poesia manoelina se instaura em com uma linguagem no tatibitate própria do processo de aprendizado., Ela figura como símbolo de constestação e da rejeição do poeta ao sistema capitalista e do sei ideário. A linguagem livre de regras que ocupa boa parte do texto do poeta, tais como as desarrumações sintáticas , as alterações lexicais e a criação dos neologismosprefiguram uma forma de rebeldia ao conjunto de valores impostos pelo Sistema . É desse modo que, Manoel de Barros, rejeitando o rótulo de "poeta pantaneiro" faz uma poesia que rejeita da propostas do discurso ecológico não repetindo os clichês de elogio da paisagem deslumbrante do Pantanal. O bioma pantaneiro torna-se uma espécie de laboratório onde o poeta realiza seus experimentos linguisticos nomeando uma Nautureza que é símbolo de uma proposta de volta a um estado natural dos seres e das coisas , a um estado de fraternidade e de comunhão. Trata-se de um convite de volta à inocência e à contemplação, o que significa a recusa aos excessos consumistas que levam à ganância e à insatisfação. A infância então, simboliza um estado ideal para que se perceba o dom da vida como a credulidade e simplicidade de uma criança.É dessa forma que o ser humano irá encabtar-se novamente e sempre com aquilo que não tem importância aparente , como por exemplo com, os caracóis, as formigas, os caramujos e também as garças e pássaros em geral. De fato na poesia de Barros os elementos dos reino animal e vegettal e mineral , entre os ínfimos e desimportantes, contêm uma carga de significados simbólicos que formam, no conjunto sua cosmogonia poética. Os elementos que ele seleciona dos três reinos são os códidos de uma poética que vincula o natural ao sobrenatural e cujo traço de união traz o modelo de um novo homem, grato pela vida e despojado de sofisticação, pois a proposta essencial da poesia barreana é a religação do ser humano com seu componente divino através da contemplação, do resgate da simplicidade coisas e da comunhão com o outro e com a Natureza.



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