Aprendendo na diversidade
(Darci Martins)
A inclusão é um desafio, que ao ser devidamente enfrentado pela
escola atual, provoca a melhoria da qualidade da Educação Básica, pois
para que os alunos com ou sem deficiência possam exercer o direito à
Educação em sua plenitude, é indispensável que essa escola aprimore suas
práticas,
a fim de atender às diferenças, que são muitas, não relativas aos com
deficiência, mas a todos os alunos. A sociedade já não é voltada
unicamente para produzir bens materiais, mas para beneficiar as pessoas,
apoiar seus projetos de vida. É superada a dicotomia clássica entre
Estado e sociedade civil, entre o público e o privado, entre a
coletividade e o individuo, entre o adulto e o jovem ou entre o educador
e o estudante, entre a teoria e o vivido, entre o presente e o futuro.
Conceder esse processo de inclusão escolar e inclusão social implica
tomar o outro como pessoa dotada de capacidades, de maneiras e tempos de
se comunicar, de recursos para produzir experiências, de emoções e
conhecimento, além de sua própria história. Muitos pesam que uma
limitação anatômica, fisiológica, psicológica e/ou psiquiátrica faz da
pessoa menos ser humano, alguém inferior, alienado, condenado a
permanecer á margem dos benefícios materiais, simbólicos e políticos
compartilhados socialmente.
Por que enxergamos na pessoa com deficiência apenas o que lhe falta.
Ver o outro como a si mesmo é difícil. Trata-se de uma mudança
comportamental, um movimento de dentro para fora e de fora para dentro.
Essas mudanças podem produzir outros objetos de pesquisa, outros
programas escolares, outras formas de organização dos alunos, outros
vínculos entre as instituições escola, família, serviços públicos,
empresas privadas. Tais mudanças podem conceber, ainda, outras crianças,
outros jovens, outro adulto, outro professor, outro trabalhador.
O paradigma da educação inclusiva nasce por conseqüência sãs ações
políticas, culturais, sociais e pedagógicas dos cidadãos inconformados
com as formas capitalistas e segregadoras dos diversos segmentos da
sociedade. Esses personagens saem em defesa do direito dos alunos de
estudarem juntos, aprendendo, participando e desfrutando dos mesmos
espaços, sem nenhum tipo de discriminação.
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