Fator de transformação e atuação profissional
(Alessandra camargo)
Partindo do pressuposto de que o estudo da gênese do trabalho docente
nos permite percorrer um caminho de caráter investigativo-histórico,
que vai muito além da simples leitura e interpretação acadêmica, ele
indica a possibilidade de situarmos e identificarmos a nossa trajetória
e, ainda, de localizarmos as relações com as quais podemos constatar
sobre o que "passamos" no âmbito educacional.
A apropriação do que é o trabalho docente nos aspectos conceituais
das teorias sociológicas à luz dos conhecimentos históricos, vem ao
encontro da visualização da evolução da profissão e, conseqüentemente,
da profissionalização, contribuindo para o entendimento de como agem
hoje os "formadores[1]" Assim, os acontecimentos educativos, nada mais
são do que resultados dos momentos históricos, nos quais presenciamos
nos tempos, nos espaços, nos avanços e nos retrocessos pelos quais
passa a educação brasileira.
O estudo preliminar é composto de três partes distintas, mas que se
inter-relacionam e colaboram para o entendimento ao que se propõe esse
trabalho. A divisão está assim distribuída: a) breve relato do trabalho
docente, visto como uma questão prática e necessária ao entendimento
sobre si e sobre os outros, no contexto da atuação do "formador"; b) a
formação docente nos dias atuais, no âmbito de seus avanços,
retrocessos, bem como suas implicações no campo da formação continuada;
c) formação de formadores no estado do Tocantins, uma questão
desafiadora. Todos os itens têm como objetivo investigar quais são os
saberes que servem de base para a função de "formador" e qual a natureza
desses saberes. O uso de citações de professores, bem como de
pesquisadores sobre o assunto - embora não sejam diretamente citados
como "formador de formadores" - entendido como a figura que é
responsável por grupos de estudos dos programas de formação continuada -
deram suporte para a investigação ainda em curso,
uma vez que o "formador" de professores antes de tudo é um professor, e
como tal, precisa saber e viver a sala de aula com todos os seus
dilemas. Nessa perspectiva, qual seria então a função desses saberes?
Como são adquiridos e como exercitados? Que relação tem esse formador
com o seu saber?
As indagações suscitam um alargamento da pesquisa, mas que de
maneira inicial permitem um repensar dessa função no contexto
educacional, nos aspectos de suas atribuições, conceitos, competências,
habilidades, enfim da complexidade de saberes necessários ao exercício
efetivo da função de "formador".
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