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O Senhor do Falcão
(Valeria Montaldi)

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Elencada como uma das mais
renomadas romancistas históricas da Itália, Valeria Montaldi [jornalista e
crítica de arte] – autora de outros grandiosos sucessos literários como "O
Monge Inglês" [best seller no
Brasil] e "O Mercador de Lã" [vencedor dos prêmios Ostia Mare di Roma, Frignano e Cittá di Cuneo]
– se destaca em seu romance "O Senhor do Falcão" [premiado com o
prestigiado Selezione Bancarella],
mormente, pela opulência e erudição de seu já conhecido personagem "frei
Matthew" – equiparado, desde sua “estreia” em “O Monge Inglês”, pela
crítica literária, com o suntuoso "monge William de Baskerville" do
clássico "O Nome da Rosa", de Umberto Eco.

Eivada de uma voraz habilidade
narrativa, somada a um perfeito relato histórico [e verossímil] da época que
ambienta a trama, Montaldi recheia deliciosamente “O Senhor do Falcão”, com alguns
personagens fictícios, outros não, mas, igualmente, complexos, dando majestosas
companhias ao leitor, além do nosso “herói” frei Matthew. Uma mulher misteriosamente
assassinada; uma criada fugitiva, que some, sem deixar pistas, com um bebê
recém-nascido e o deposita às portas de um mosteiro; um homem, dotado de uma
extrema ruindade, que luta a todo custo pelo poder; uma vidente; um excomungado
imperador; um sombrio, mas valente falcão; uma enigmática mística de penetrantes
olhos verdes; uma moça portadora de uma deformidade física que motiva seu
constante sofrimento; um médico judeu e a sua prendada filha; uma amargurada
prostituta; um jovem casal apaixonado; um castelão deveras bondoso e um frade
em busca de sentido à sua própria existência.

Numa fascinante restituição do
medievo, nos remetemos à Milão de 1226, século XIII. Quando Martino, o cão de
pelo ruivo – sob os olhares de seu dono, um pequeno menino; e sob a companhia
de um homem alto, de olhos claros, “descarregador de barcos”, que se aproximara
deles – encontra(m) flutuando, sob as águas do canal do Vettabbia, o cadáver de uma jovem mulher com recentes indícios de
parto – sem qualquer sinal de um suposto “recém-nascido” por perto.

Decorridos dezessete anos do
evento trágico, o respeitado abade do mosteiro de San Simpliciano, Arnolfo da Sala, atordoado mediante antigas
desconfianças que afloram em sua consciência sobre a estranha e inexplicável morte
daquela jovem, encarrega, a partir daí – “por baixo dos panos” – nosso “herói”
– frei Matthew – de desvendar delicado “mistério”.

Com reflexos de perseguição e
supressão por toda parte, numa árdua e incessante busca da Inquisição
Católico-Romana
em abolição aos movimentos heréticos e contra o próprio imperador
Federico II,
o frei dá início à sua "missão", percorrendo lugares por si já
conhecidos, como o Broletto [centro
político e comercial da cidade], o bosque de Quadronno e, até mesmo, o
hospital do Brolo, introduzindo aos seus planos de busca, através de sua
passagem inicial pelo local, as histórias que ouve de Isaac [médico
judeu] e de
sua linda filha Rachele. Contudo, seu encontro com a vidente Guglielma –
mal
conceituada pela Igreja Milanesa – que norteará os planos do frei,
dando-lhe um
sinal para resolver o mistério.

De outro lado, Bella – a prostituta
– encontra, pela primeira vez, nas proximidades do Broletto, seu mais assíduo “cliente”, chamado Lanfranco Calgario.
Contudo, com a frequência dos encontros, Bella, ao reconhecer suas já
envelhecidas feições, igualmente, entra em estado de “pânico” na hipótese de
ser identificada: Lanfranco [temível homem, frio e cruel], sobrinho-neto do
arcebispo de Milão, de um contínuo visitante do Palácio Gisalbertini, em Calepio, onde Bella laborava, transformou-se
rapidamente em “noivo” de sua ex-patroa Caterina, tudo há quase vinte anos.

Já Allegranza, uma bela e doce moça
de olhos castanhos e de longos e espessos cílios [criada do hospital do Brolo, onde cuidava dos adoecidos], após
uma conversa com Guglielma [a “Boêmia”], coloca o enfermo, mas respeitável médico,
Isaac, e sua filha Rachele em seu caminho: a “esperança” tão próxima [embora “perigosa”,
diante da perseguição contra qualquer espécie de “heresia”] de cessar seu “sofrimento”
– isto é, sua nem tão grande, mas notável deformidade física. Todavia, antes
mesmo de encontrá-los, Deus faz surgir em seu caminho, Damiano, que – encantado
com sua beleza – fisga seu coração.

Quando pensamos ter esgotado
todas nossas expectativas em relação ao enredo, Montaldi sutilmente nos desvenda
– com uma surpreendente habilidade narrativa – novos “mistérios” que nos transportam
a um “universo” apartado entre dois extremos: “realidade” e “fantasia” – onde,
juntas, transcendem nosso poder de imaginação.



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