Precisamos de falar sobre Kevin
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We need to talk about Kevin / Precisamos de falar sobre Kevin Filme sobre duas pessoas que resolvem construir uma família. Vem um bebé difícil que se torna uma criança impossível e termina num adolescente psicopata que mata o pai, a irmã e os colegas e que deixa a mãe viva para a ver sofrer. Fala de como se pode acabar com uma vida porque não se educa, porque não se assume a responsabilidade, porque não se quer ver e, sobretudo, porque para todas as maldades e aleivosias de encontra uma desculpa. O pai limita-se a não estar presente ou a pairar sobre uma realidade que não quer ou não tem capacidade de ver. Mima o filho e está -só pode estar - consciente que, assim, o tem como aliado e a sua vida está facilitada. É muito triste a forma como não ajuda a mulher.A mãe, impotente para o ser e para lidar com o filho, vive condicionada por ele reagindo tarde e apenas quando absolutamente necessário. Parece que, esmagada pela situação, não tem coragem de denunciar Kevin, de o abandonar, de explicar claramente ao pai o que se passa.O pai e a mãe sacrificam a este 'deus' uma irmã bem mais nova, uma fuga para a frente, também ela muito triste.Fala das crianças como demónios que os pais alimentam. Mostra tudo o que não é razoável: a contenção parental versus a liberdade criminosa dos filhos. É perturbador para quem é cego. Há pessoas más, há pais maus e há filhos maus. É preciso domar e é preciso assumir. E é preciso aprender e ensinar a distinguir o que está certo e o que vale a pena. A mãe e o filho acabam como párias em frangalhos, mas dispostos a mostrarem que sofrem e que se conseguem compreender. Pequeno consolo para tão grande desperdício.
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