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Críticas ao documentário sobre a vida de Bob Marley
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O documentário “Marley”, que estreou em abril de 2011, foi apresentado como a cinebiografia definitiva de Bob Marley. Por contar com a colaboração da família do músico, parecia mesmo que o filme traria tudo o que precisava ser contado sobre a vida pessoal e a trajetória artística do rei do reggae. Mas o que se vê na tela não é bem isso.Grande parte das críticas ao resultado do trabalho do diretor Kevin MacDonald gira em torno da coesão do filme. Antes de qualquer coisa, é preciso levar em conta que o próprio reggae tem uma história equivocada. Ninguém sabe ao certo quando nem por que o “ska” foi desacelerando até se tornar o ritmo que conhecemos como “reggae”. A história da música jamaicana carece de registros, e os interessados só podem contar com os relatos de gente que vivenciou os momentos de transição dela. O problema é que as versões contadas por essas testemunhas divergem. Já que é assim, MacDonald não é o único culpado pela falta de coesão em alguns momentos do filme.O documentário exige muita atenção do espectador para acompanhar a colcha de retalhos que vai sendo tecida com fotos, vídeos e frases de Bob Marley. Muito do material usado no filme é parte do acervo pessoal do músico e foi cedido pela família dele. Não há vídeos dos primeiros dez anos de carreira de Bob, por isso esse período é coberto com depoimentos, o que é cansativo para quem assiste. O contexto apresenta lacunas, como a omissão de que existiam outros trios vocais de sucesso em Kingston na mesma época em que Marley tocava com os Wailers e o completo “esquecimento” de que, devido a conflitos que passava com os parceiros, Bob não os convidou para seu casamento. Em compensação, merece destaque positivo a forma como MacDonald conseguiu elaborar uma boa narrativa da transformação do menino Bob Marley -- morador do gueto, filho de um inglês branco e de uma jamaicana negra -- no mito que até hoje o mundo admira e respeita. O diretor também soube lidar muito bem com os dois maiores riscos que cercam os documentários sobre personalidades: os exageros e as omissões dos entrevistados. Qualquer documentário pode cair em uma dessas armadilhas se o diretor não estiver atento a coisas como um depoimento excessivamente elogioso ou um relato que é apresentado como única versão da história. Pelo trabalho que conseguiu fazer reunindo material inédito e depoimentos de pessoas próximas a Bob, Kevin MacDonald merece reconhecimento. Entretanto, “Marley” não cumpre a promessa de ser a cinebiografia definitiva do rei do reggae.



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