Resumo de A Missão Artística Francesa e a influência cultural européia no Brasil -

No início do século XIX, o exército comandado por Napoleão Bonaparte invadiu Portugal, obrigando o rei D. João VI, sua família e sua corte (nobres, artistas, empregados oficiais) a fugirem para a sua colônia, o Brasil. D. João VI, de certa forma preocupado com o desenvolvimento cultural, trouxe para o Brasil material para montar a primeira gráfica, onde foram impressos diversos livros e um jornal chamado A Gazeta do Rio de Janeiro. Os primeiros estudos sobre a cultura nacional, bem como frases de reflexão de caráter iluminista, passaram a ser, embora de forma incipiente, difundidas. A partir de então, o Brasil recebeu fortes influências culturais européias, intensificada ainda mais com a chegada de um grupo de artistas franceses em 1816. O grupo tinha como missão fundar a Academia de Belas Artes (fundada dez anos depois, em 1826), na qual os alunos poderiam aprender as artes e os ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa. Os artistas pintavam, desenhavam, esculpiam e construíam à moda européia. Eram adeptos do estilo neoclássico, ou seja, defendiam um estilo artístico que propunha a volta aos padrões da arte clássica, greco-romana, da Antiguidade. Formas, tabela de cores, técnicas e estética classicistas ditavam os ensinamentos da Missão Artística.Algumas características de construções neoclássicas ensinadas aos alunos da Academia de Belas Artes eram o uso de colunas, estrutura de sustentação das construções; arcos, elemento de construção de formato curvo e frontões e estruturas triangulares. Quanto à pintura, os alunos deveriam seguir algumas regras inspiradas nas esculturas clássicas greco-romanas e na pintura renascentista italiana, essencialmente a pintura de Rafael, mestre do equilíbrio da composição de cenas e da harmonia do uso de cores das mais diversas tonalidades. Dentre os principais artistas da escola Neoclássica européia destacam-se: Jacques-Louis David, considerado o pintor da Revolução Francesa e que mais tarde tornou-se o pintor oficial do império de Napoleão; Jean Auguste Dominique Ingres, com obra bastante diversificada, composições mitológicas e literárias, apuro técnico na pintura de nus, retratos e paisagens; Nicolas-Antonine Taunay, considerado um dos pintores mais importantes da Missão Francesa, retratou várias paisagens do Rio de Janeiro durante os cinco anos em que residiu no Brasil; Jean-Baptiste Debret, chamado de “a alma da Missão Francesa”, o nome mais conhecido dentre os demais artistas.

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