Radam: O Projeto Radar da Amazônia – Brasil
(Fonte: Revista Veja 01/10/1995 (pag. 84))
Radam: O Projeto Radar da Amazônia – Brasil
Iniciado em 1970 para mapear a região nordeste, se estendeu
para todo o Brasil com o nome de Radambrasil.
Era uma adaptação pacifica dos métodos de espionagem
utilizados na Segunda Guerra Mundial para mapear territórios inimigos.
O Brasil foi então redescoberto. As fotos mostraram onde
havia ouro, madeiras, minérios, queimadas e terras férteis no meio da floresta.
Até rios com até 600 km de extensão que nunca haviam aparecido nos mapas foram
descobertos.
A pesquisa se traduziu em 38 volumes, cada um com 300 a 500
paginas de mapas, centenas de imagens sobre o relevo, com informações sobre
geologia, a vegetação, o clima, o uso da terra. Todas informações úteis para o
planejar a extensão da agricultura, para projetos de colonização e construção
de hidrelétricas.
No ano de 1995, o professor Jurandir Reis propôs uma
classificação do relevo brasileiro elaborada a partir da análise de imagens
obtidas no período de 1970 a 1985 pelo Projeto RADAMBRASIL. Segundo a nova proposta,
distinguem-se tres compartimentos no território:
Planaltos: 2 / Depressões/: 2 / Planícies: 6.
O Radambrasil em ação:
Um radar instalado na barriga de um avião Caravelle
fotografa o solo continuamente. Cada foto cobre uma área circular com 37 quilômetros
de diâmetro. O equipamento permite um mapeamento tridimensional do relevo.
Um radar-altímetro registra as variações de altitude a cada
110 metros.
O mau tempo não atrapalha; o radar enxerga através de nuvens
e chuvas e trabalha também durante a noite.
Fonte: Revista Veja 01/10/1995 (pag. 84)
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