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O horror em Red Hook
(Howard Phillips Lovecraft)

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Se você, caro leitor, quiser algo terrorífico, de horror mesmo, leia Howard Phillips Lovecraft (1890). Os atuais filmes de terror são cantigas de ninar perto do que delira este autor estadunidense, que só fez sucesso após sua morte (1937).
O interessante é que, ao lê-lo, o inverossímel é tão gritante que parece um amontoado de alucinações e delírios mais ou menos organizados dentro de um roteiro assombrado. Mergulhar no mundo lúgubre de Lovecraft, viver o que o autor propõe, não é fácil.
A tensão nos faz ficar atentos a qualquer ruído e movimento que se passa naquelas linhas. A leitura é lenta, em especial para quem procura explicações nas entrelinhas. Praticamente não há entrelinhas, não há mais o que imaginar, supor. É tudo muito concreto, no real. As personagens são o que são. Mas, o contexto social, talvez não.
O primeiro dos três contos reunidos na edição pocket da L&PM, e que dá nome ao livro, mostra a história de um ser que está no limbo. Não se sabe ao certo se vivo, morto, ou entre um mundo e outro. Assim como os imigrantes tratados como despojos em terra estrangeira?
Tudo é possível em meio aos cenários e rituais macabros, com criaturas bizarras, no submundo novaiorquino. Mas daí mesmo talvez venha um viés de realidade. A do inferno, sob o olhar dos nativos, em que estrangeiros transformaram Nova Iorque. E, muito mais, o medo de perder a civilidade alcançada, para imigrantes considerados bárbaros, como os mongóis.
Tanto, que o protagonista não é o vilão, e sim o policial, que tenta desvendar os mistérios, ditos de satanismo, na Big Apple – bichada, por gente indesejada? "Por trás do mundo visível há labirintos tenebrosos que escondem horrores desconhecidos." O desconhecido, por si só, num primeiro momento sempre desperta mais temor do que qualquer outro sentimento.
Dos outros dois contos, vale o último, em que o protagonista é um solitário adolescente, isolado em meio a livros e aventuras pela floresta que cerca sua casa. Obcecado pela idéia de morte, mas não de suicídio, tem como passatempo predileto visitar a tumba de uma família inteira de vizinhos que morreram há muito tempo.
Durante todo o conto, como se fosse um filme, porque Lovecraft tem esta habilidade de toranr os escritos em cenas muito claras a quem o lê, há dicas de que o moço não é apenas um heremita. É, mais do que tudo, um divagador, um criador de realidades paralelas - loucura que se revelará ao final da hisória.



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