Aspectos didáticos e Metodológicos
(autores associados)
O texto “Aspectos didáticos e Metodológicos”
faz uma breve análise das concepções e tendências pedagógicas da Educação
Física desde a década de 30, diante do momento histórico em que foram
construídas. Apresenta, portanto, como preocupação central, identificar e
discutir as contribuições e limites de tais tendências, considerando a sua
historicidade.
A
princípio a Educação Física no Brasil foi influenciada por teóricos de outros
países e era visto sob o aspecto de exercícios de
força e destreza, militar, esportivo, médico e rítmico.
Durante a trajetória de
consolidação da disciplina de Educação Física passou por algumas concepções que
nortearam a sua essência enquanto conhecimento teórico-prático no Brasil. Desse
modo, conforme o autor, na década 30 a Educação Física voltou-se para o aspecto
higienista, que se destacava como papel de agente de saneamento público,
ou seja, tinha uma função de manter a população livre de infecções, doenças e
vícios.
Mas a frente, seguindo a história,
com a sociedade voltada para o militarismo, à Educação Física assumiu
um papel de formadora de indivíduos que apenas tinham o dever em defender a
pátria, não tendo assim um pensamento muito crítico. Conforme o autor “no enfoque militar, a Educação
Física busca um projeto de homem disciplinado, obediente, submisso, profundo
respeitador da hierarquia social”, objetivo alcançado através de instrutores formados
em instituições militares.
Na década de 40 a concepção
de Educação Física, era a de que o indivíduo deveria ser educado de uma forma
integral, ou seja, nessa época passou-se a se trabalhar o movimento em si,
deixando para trás algumas concepções pura e simplesmente de agente de promoção
de saúde pública e formação de indivíduos capacitados a defender a pátria.
Essa concepção se estendeu
ate a década de 60, dada a influência do militarismo no país. A partir de então
a Educação Física voltou-se para o um momento mais esportivo, através da visão
tecnicista, com a introdução do Método Desportivo Generalizado, que visava
fornecer indivíduos voltados à prática de modalidades esportivas de alto
rendimento, deixando assim uma grande lacuna àquelas pessoas que não possuíam a
habilidade necessária para um bom rendimento no esporte, segundo esta concepção
da época. Nesse período houve um distanciamento entre as concepções teóricas e
a prática real nas escolas.
Conforme o autor, na década
de 80, volta-se a discutir o papel da Educação Física. Com a mudança da
conjuntura política do Brasil, e o desenvolvimento intelectual, a disciplina a
disciplina “sofre uma verdadeira reformulação” passando a adquirir caráter
didático–metodológica.
Isso ocorreu principalmente
pelas discussões a respeito do objeto de estudo da educação física e da criação
de cursos de mestrado especifico da área.
Conforme o texto essas
mudanças foram influenciada pela corrente humanista que vinha de encontro com a
concepção tecnicista.
Para DARIDO (2003 APUD autor,
p. 428), a concepção humanista se define como abordagens pedagógicas que influenciaram
a Educação física escolar, tais como: psicomotora que busca garantir a formação
integral do aluno; desenvolvimentista que tem ênfase nos movimentos;
construtivista-interacionista que aborda o conhecimento a partir da interação
do sujeito com o mundo; critico- superadora que valoriza o aspecto social;
sistêmica, crítico-emancipatória que busca um ensino reflexivo crítico e
emancipatório; cultural, saúde renovadora que tem ênfase na qualidade de vida;
e os pcn’s,
O autor aborda a relação
professor-aluno na visão de LIBANEO (1991), analisando dois aspectos: a
comunicação, e o aspecto sócio-emocional.
Partindo desses
pressupostos, o autor discorre que o professor deve adequar sua prática levando
em consideração as potencialidades cognoscitivas do aluno, e o estado emocional
afetivo do aluno e o seu próprio, para que a comunicação ocorra adequadamente.
Assim como na área social, e
nas demais áreas da vida humana, a diversidade também esta presente na Educação
Física. Para Houaiss(2001), a diversidade diferença, variação, no entanto, isso
não se aplica apenas ao nível biológico. Wallon (1989) acredita que as
diferenças estão relacionadas agrupo social em que o individuo está inserido,
tais como, valores, postura, região, religião e outros.
No âmbito educacional, deve
se levar em consideração que mesmo com as diferenças e semelhanças biológicas e
sociais, ainda há o preconceito e discriminação próprios da forma política e
cultural hierarquizada da sociedade.
Desse modo, é necessário
trabalhar a diversidade na educação física escolar a partir do contexto sócio e
econômico da comunidade em que esta inserida, e a partir daí abordar as demais
manifestações da cultura corporal praticados em outros espaços pedagógicos,
diferente da realidade do aluno.
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