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A eleição de Francisco como sucessor de Bento XVI
(Luís Henrique Tamura)

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A igreja católica se mostrou pródiga e muito capacitada a sair de seus problemas pelos caminhos mais sutis.Envolta em uma série de escandalos de pedofilia que pipocam por todos os cantos do planeta e um caso de vazamento de informações sobre suas finanças, os membros da igreja optaram por eleger um papa com perfil que não tenha nada a ver com as eleições anteriores.Sim, porque nunca houve um papa eleito fora do círculo europeu.Do mesmo modo, nunca se elegeu um papa jesuíta.Mas a eleição de Francisco vai além, porque também é um papa que tem uma idade avançada, pois com seus 76 anos, não tem condições de permanecer no cargo por muito tempo.Não é um papa que vai permanecer como João Paulo II, o que confere à igreja um tempo para rever seus problemas e principalmente, apagar as chamas dos escandalos.Francisco vêm envolvido em muitos conceitos pessoais, forma diferente de agir e sua simplicidade parece ser mais simpática do que o estilo vaidoso de Bento XVI.O papa alemão tinha particular apreço pelas vestes mais caras, poltrona ao invés da cadeira, aparecia com frequencia com trajes de gala, utilizados em eventos importantes.Francisco aparece abrindo mão de tudo isso, não se identifica com a ostentação, prefere o estilo mais simples.Isso é algo que desperta a atenção dos fiéis.Age com naturalidade, sem apelar para a hipocrisia.Quando pára e desce do veículo para pagar a conta do hotel onde estava e pegar pessoalmente os seus pertences, deixa claro que não faz por outro motivo que não esteja relacionado com a sua própria obrigação, age como exemplo de cidadania.Diante de todo seu conceito e diante de toda sua atitude, a igreja percebe claramente que a população se esqueceu dos casos de pedofilia. A mídia não comenta mais o escandalo do vazamento de informações.Tudo parece ser coisa do passado, mas o passado é parte do presente.Ficou na mente e no estado pessoal de cada vítima dos abusos.Isso a igreja não vai poder se esquecer e não vai poder deixar de ser cobrada.Mas parece que para a mídia o que interessa é o que acontece agora, o atual.Não há procura pelo que já se foi, não há procura pelo passado e isso não interessa no momento.O momento é algo que a mídia anseia em explorar.Não quer deixar passar cada instante, cada situação.Para isso se dedicam e com isso fazem exatamente o que a igreja católica quer, ou seja, fazer esquecer os escandalos durante o período de Bento XVI. É como se passassem ou quisessem passar uma borracha sobre toda a situação.Mas é na verdade, como uma bomba que tem momento para explodir.A diferença será na forma de se conduzir os casos e como serão analisadas as situações.Haverá o dia em que algum membro da igreja, ou o próprio papa consiga fazer cair os dogmas estabelecidos em que padres não possam ter uma vida social de direito, terem uma esposa, uma vida sexual ativa como qualquer homem?Haverá o dia em que a natureza humana seja respeitada e deixem de lado a hipocrisia querendo inserir nos textos bíblicos o que não existe?Porque não há razão para se definir que padres não possam se casar.Não há razão para se continuar com o que existe, a vida oculta de padres e freiras.Muitas delas com seus filhos como fruto do relacionamento entre ambos.Muitos padres com filhos e filhas ilegítimos que não podem ser reconhecidos socialmente.Muitos padres que diante de seu estado de pura aberração, onde são mutilados na sua condição humana, em seu estado natural, acabam cometendo os crimes de pedofilia.Não há aqui uma justificativa para o crime, mas há que se considerar que a igreja promove e induz a este estado quando pretende modificar a natureza de pessoas suprimindo seu estado natural, seus sentimentos pessoais.Há que se respeitar a condição do homem, enquanto homem.Por este motivo muitos religiosos se voltam para outras doutrinas do cristianismo e sem dificuldade são aceitos e ingressam com o direito legítimo de uma vida social comum, sendo respeitados e honrados pela vida que passam a seguir.A igreja católica se distancia quando quer ser diferente demais, quando quer ser mais, quando quer ter mais direitos e sem se comprometer com deveres.Não há direito legal sem a existencia de deveres legais.Não há negócio quando a coisa é boa somente para um lado.Se é bom para um lado apenas não é negócio, passa a ser exploração.



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