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Sustentabilidade no Varejo
(Ana Carolina Carpentieri)

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Sustentabilidade no
Varejo*Por Ana Carolina Carpentieri da Onduline BrasilAtualmente, os veículos de comunicação
falam muito sobre sustentabilidade e construção verde, e todas as empresas
comunicam ao público que são sustentáveis. Mas o que isso realmente significa?



Uma boa definição para sustentabilidade é o
desenvolvimento que vai de encontro às necessidades do presente sem comprometer
a possibilidade das gerações futuras suprirem suas próprias necessidades. Ou
seja, fazer algo no presente sem comprometer o futuro.



Essa definição carrega dois conceitos
principais: o de necessidade, em particular as necessidades essenciais de todos
os humanos; e o de limitações, impostas pelo estado da tecnologia, pela
organização social e pela habilidade do meio ambiente em convergir as
necessidades presentes e futuras.



Há alguns anos, na construção civil, a
falta de mão de obra especializada e de materiais industrializados (que cheguem
prontos para serem usados na obra) gerava uma quantidade de resíduos muito
grande. Alguns estudos mostravam que, ao construir três casas iguais, você
construiria uma quarta só com os resíduos – um desperdício de 33% de material.
O destino final desses resíduos especiais também não era controlado. Muitos
eram descartados em aterros não especializados e não havia iniciativas de
reutilização.



Com o advento da ideia da sustentabilidade,
a construção civil passou a ser uma categoria muito visada pela alta geração de
resíduos. Começaram a aparecer vários estudos para a confecção de materiais de
construção com resíduos da própria obra, por exemplo, a produção de blocos de
concreto com a utilização de entulhos. Além disso, alguns materiais da obra,
como vidro e metal, são infinitamente recicláveis e facilmente reaproveitados,
gerando materiais completamente novos.



Da mesma forma, o varejo de materiais de
construção passou a ver nos materiais sustentáveis ou ecológicos uma
possibilidade de diferenciação perante a concorrência. De acordo com a
Pesquisa Anamaco de 2012, cerca de 20% das revendas de materiais de construção
adotam algum tipo de ação sustentável.



Os grandes home centers passaram a destacar
os produtos sustentáveis, que usam algum tipo de reciclagem na composição ou
cujas empresas têm iniciativas de cunho social. Materiais de ponto de venda
comunicam o diferencial desses produtos e como, ao adquiri-lo, o consumidor
estará ajudando o meio ambiente e a comunidade em que vive.



Os varejistas de materiais de construção
também passaram a construir lojas somente com materiais sustentáveis e a
divulgar essas iniciativas no mercado. Criaram centros de reciclagem em seus
estacionamentos para receber papel, metal e vidro, além de oferecer o descarte
correto de materiais perigosos, como pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes.
Outros apoiam iniciativas de reflorestamento e projetos de casas ecológicas, ou
adotam programas de racionalização de energia elétrica, água e combustível em
suas lojas. Alguns construíram casas modelo, para mostrar esses materiais
aplicados aos consumidores.



Infelizmente, muitas empresas se apoiam na
causa da sustentabilidade apenas para fazer propaganda, comunicando ao
consumidor que o produto é sustentável, mesmo utilizando de matéria-prima
extraída da natureza sem reposição. Em consequência disso, os próprios
fornecedores começaram a buscar certificações que comprovem que seus produtos e
práticas são de fato sustentáveis.



Todas essas iniciativas do varejo e da
indústria de materiais de construção só aconteceram porque se viu uma resposta
positiva do mercado. Mais esclarecidos, os consumidores passaram a buscar por
esse tipo de material, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Não sabemos
até que ponto o consumidor está disposto a pagar mais caro por um produto
reciclado ou sustentável. Muitos acreditam que, por usarem matéria-prima
reciclada, esses produtos deveriam ser mais baratos do que os tradicionais, sem
pensar em todo o trabalho que a empresa tem em recolher esse material e
processá-lo de forma ecologicamente correta.



Somente quando o consumidor estiver
realmente consciente de todo diferencial de um material de construção
sustentável, com procedência confiável, mesmo tendo que pagar a mais por isso,
é que veremos os bons resultados das iniciativas da indústria e do varejo de
construção civil.



*Ana Carolina
Carpentieri é Supervisora de Marketing e Aplicações da Onduline Brasil, multinacional francesa fabricante de telhas
ecológicas produzidas com fibras vegetais.



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