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A Sociedade do Espetáculo.
(Guy Debord.)

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RESENHA CRÍTICA: A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO.Escrito pelo autor Guy Debord, o livro A Sociedade do Espetáculo foi lançado pela primeira vez no editorial Buhet-Chastel, em Paris, na França, no ano de 1967. A obra antecipou de uma maneira crítica e bastante racional o que seria a sociedade moderna.A obra é dividida em 9 capítulos, com o total de 237 páginas. O livro é baseado no pensamento contemporâneo sobre a sociedade do espetáculo, da mercadoria e do capitalismo no mundo em que vivemos. O autor faz críticas a sociedade moderna, as suas aparências e a todas as imagens impostas pela mídia como uma forma de influência na construção de novas subjetividades. Nas sociedades de consumo, o espetáculo se origina através dos projetos das condições modernas de produção. Ele é a representação da realidade a partir de um modelo imposto pelo próprio meio de produção. O espetáculo é uma representação da realidade de uma forma unificada e ilusória, onde ocorre uma inversão dos mundos. O que é real deixa de existir,dando lugar ao mundo falso (determinado pela economia mercantil) que passa a ser visto como verdadeiro. É na relação entre esses mundos, que ocorre uma aceitação passiva em que o sujeito não questiona o modelo que se decidiu para ele, pois tudo aquilo já passou a fazer parte de sua subjetividade.De acordo com o autor, o espetáculo é a aparência de tudo aquilo que falta na vida real de um homem comum. Segundo as mensagens publicitárias, a felicidade está no acúmulo de mercadorias. Mas quanto mais acumula mercadorias, mais ele se afasta da possibilidade de ser feliz.A mercadoria, juntamente com a aparência são "produtos" feitos para a massa, com o objetivo de alienar as sociedades, onde só existem as verdades que o sistema pretende transmitir. Todos esses objetos manipuladores surgem para dominar tudo o que é vivido e ocupar completamente a vida social do homem. A mercadoria priva quem a produz, mas domina aqueles que as consomem. Essa separação entre produto e o produtor se dá partir dos interesses da produção quantitativa dos sistemas modernos existentes ( os produtores estão cada vez mais alienados,e decerta forma não possuem consciência de sua exploração). "O que é comida para alguns é veneno para outros". (Paracelse). Todas essas condições modernas de produção, o interesse pelo consumo massivo, a produção de novos modelos sociais expandem o trabalho alienado das sociedades. Os operários são vistos como os "escravos modernos", explorados pelo sistema.Mas a modernidade oculta essa condição de escravos e muda tudo á imagem do capital, criando um "aparente" poder por parte dos indivíduos consumidores. Os espetáculos não param, sofrem constantes manutenções para melhoria dos ideias do capital. Continuam alienando e as mentes dos indivíduos,dominando todos os meios sociais, com ajuda dos mais poderosos sistemas do capitalismo. A necessidade de fazer com que suas ideologias sejam permanentes na mente dos seres humanos cresce cada vez mais nos projetos modernos de produção. O indivíduo é isolado, e ao mesmo tempo, introduzido no novo mundo dos espetáculos, onde a verdade aparente não existe. "De onde essas imagens atraíram sua força, seu poder hipinótico, sua capacidade de permanecer no tempo?". (José Arbex Jr.). É evidente que quanto mais o tempo passa, mais atual se torna a ideia doe Debord. O mundo ainda permanece alienado e controlado pela mídia, que deposita a cada dia novos valores a vida social. O sistema ainda continua organizando de forma sistemática e consciente todos os seus projetos de alienação acerca da passividade moderna. Os modelos não são questionados, as verdades são sempre impostas por um grupo de maior poder.A vida do homem moderno é controlada pelos projetos espetaculares, que visam somente aquilo que é benéfico para o capitalismo. As ideias propostas pelo autor não podem ser mudadas, pois o homem precisa se encontrar e deixar de ser e viver uma vida sonhada e idealizada por terceiros.Como já foi dito, a obra apresenta críticas à sociedade contemporânea, atualmente organizada através do sistema capitalista que falsifica a vida do homem comum, por meio de seus modelos sociais, mercadorias e aparências. Indico esta obra pela sua facilidade de entendimento, do aprofundamentos sobre os conceitos da verdadeira alienação, a qual o ser humano é submetido, devido a grande influência sofrida pela sociedade do espetáculo. A obra é recomendada a todos que desejam aprofundar-se no estudo sobre as reflexões críticas do mundo contemporâneo, individualista e globalizado.



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