Fritz Perls e a Gestalt-Terapia. (Teorias da Personalidade).
(James Fadiman)
FREDERICK S. PERLS E OS PRINCIPAIS CONCEITOS DA GESTALT-TERAPIA.
Nascido em Berlim, em 1893, filhos de
pais judeus, Fritz Perls recebeu uma forte influência do teatro, do qual fez
parte durante um determinado tempo de sua vida.
Após um dado período, especializou-se em
Psiquiatria e juntou-se ao exército na primeira guerra mundial. Na volta da
guerra, juntou-se ao bastante influente grupo de estudos “Bahaus”.
Em 1927, começou seu treinamento
psicanalítico. Ao longo de seu percurso, Perls entrou em contato com diferentes
teorias do conhecimento. Além da base psicanalítica, conhece também a teoria
organísmica, o existencialismo, o perspectivismo de Nietzsche, dentre outras
teorias, em que vê uma possibilidade de uma integração dos conhecimentos em
favor do sujeito.
Muitos anos depois, Perls rompe
abertamente com toda rigidez encontrada por ele no movimento psicanalítico, e
em 1946, imigra para os Estados Unidos. Lá, prossegue seus trabalhos, dessa vez
desenvolvendo a teoria da Gestalt-Terapia. E em 1952, funda o Instituto
Nova-Iorquino da Gestalt-Terapia.
O surgimento da Gestal-Terapia se deu a partir das inúmeras influências teóricas,
filosóficas, organísmicas e ideológicas, que observam o indivíduo com um todo,
e não de forma analítica, onde o sujeito é visto de maneira separada.
Um de seus primeiros conceitos
elaborados é o da auto-regulação
organísmica, onde Perls observa (diferentemente da psicanálise) a maneira
que crescemos dentro de nossas próprias possibilidades, buscamos o equilíbrio e
tendemos para a vida.
Logo em seguida, estabelece um conceito
denominado “todo e parte”. Para
Perls, as partes sempre falam a respeito do todo vivido pelo ser humano, ou
seja, qualquer aspecto do comportamento de um sujeito pode ser considerado como
uma manifestação do todo, sendo assim, não podem ser vistos separadamente.
Outra contribuição importante para a
Gestalt-Terapia vêm da escola da Gestalt, que é o conceito de figura e fundo. A percepção de uma
figura, nesse processo, vai sempre surgir através de uma hierarquia das
necessidades sentidas pelo sujeito.
Ainda partindo do conceito de figura e
fundo, podemos esquematizar o processo de abertura e fechamento de uma gestalt
da seguinte forma: primeiro abre-se uma gestalt a partir do surgimento de uma necessidade mais emergente ao indivíduo
(figura), logo em seguida, após a satisfação dessa necessidade, a gestalt é
fechada, para o aparecimento e de novas necessidades e satisfações.
Uma observação importante a se fazer é
que, se a gestalt não for fechada, as mesmas necessidades não satisfeitas
sentidas pelo sujeito voltarão. E se for o caso Ed o sujeito não conseguir
trocar de figura (necessidade) durante o processo, ele permanecerá num ciclo
patológico de adoecimento.
Outro conceito bastante especial na
Gestalt-Terapia pé o “aqui e agora”.
Diferentemente da forma como a psicanálise vê o passado do sujeito no processo
terapêutico, a Gestalt-Terapia enxerga o passado como um fator ainda
presentificado, ou seja, apesar dos aspectos passados fazerem parte da história
do indivíduo, o sujeito deve viver com sua atenção voltada para o
presente/agora (todo).
A
preponderância do como sobre o porquê também é um dos conceitos
formulados por Perls na Gestalt-Terapia, que enfatiza a importância da
compreensão da experiência de uma forma “racional”, ou seja, a compreensão do
porquê de se fazer algo. Partindo dessa ideia, o nosso “como” deveria constituir o nosso “por que”, ou seja, o modo como sentimos deveria ser o motivo pelo
qual agimos.
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