Raparigas de Riade
(Rajaa Al- Sanea)
Uma Arábia Saudita moderna, onde impera a riqueza e o luxo, contrasta com um tradicionalismo extremo onde as mulheres não tem voz nem opinião, é disto que que trata o livro “raparigas de Riade” de Rajaa Al- Sanea.Um livro de uma jovem escritora, para jovens mulheres. Através do livro, escrito de forma simples e fluente é percetível que todas as jovens têm os mesmos sonhos, seja na Europa ou na Arábia, embora nos países muçulmanos os sonhos raramente sejam concretizados, por imposição de costumes e tradições. O livro é escrito em forma de emails em que uma das protagonistas da história fala sobre a sua vida e a vida das amigas durante um ano. Muito à semelhança do “sexo e a cidade”, mas versão muçulmana. Este livro fala de 4 jovens mulheres (Qamara, Michelle, Sadim e Lamis) da alta sociedade de Riade, com os seus costumes, as suas saidas noturnas, as suas conversas, os seus amores, as suas ambições profissionais, em tudo semelhante a jovens ocidentais, no entanto ao longo do livro vai-se denotando as diferenças, percebe-se que as mulheres não tem liberdade para ser felizes. Por exemplo uma das protagonistas vê a sua honra manchada e é devolvida à família por se entregar ao seu já marido (no civil) antes de concretizar o casamento religioso, outra vê o desinteresse do marido por si, pois este foi obrigado a casar com ela, tento um caso de anos com uma estrangeira, a terceira não pode viver o seu grande amor casar com uma prima como prometido, por sua mãe não ser muçulmana, apenas uma das protagonistas consegue encontrar o amor, por suas ideias não serem extremistas conservadoras. Verifica-se que quando as protagonistas se encontram fora de uma país conservador como o seu, exibem-se sem pudores e mostram toda a sua elegância e riqueza, escondidas atrás do véu. É possível conhecer um pouco das tradições de um país que tão pouco se sabe, como uma mulher jovem e informada vive. Aconcelho vivamente a leitura deste livro em que tanto aprendemos e de forma tão simples, um livro envolto em polemicas no Médio Oriente e que foi proibido no seu país, por ofender os custumes e tradições.
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