Resumo de Ladrão desatento. Quem não deve não teme

Era por volta dos anos 90, meados de 1996 a 1997. A tecnologia não era tão avançada, os recursos ainda eram bem modestos.Não existiam aparelhos disponíveis para a polícia militar realizar uma pesquisa em tempo real sobre a documentação dos veículos, não haviam celulares disponíveis em cada esquina. Não se adquiria um chip em uma banca de jornais.Um sujeito adquiriu um veículo clonado. Para quem não sabe, veículo clonado é um veículo identico a um veículo regular, cuja documentação é cópia tanto quanto as placas e número do chassis.Transitava pela rua Teodoro Sampaio na região de Pinheiros, lugar que já naquela época era difícil de se encontrar onde estacionar.Mas tão logo parou o carro, tirou o cinto de segurança, ele ia pegando os papéis para seus afazeres na localidade, quando ao olhar para o retrovisor, havia um carro da polícia militar, com dois PMs sendo que um deles estava fazendo algumas anotações em uma prancheta.Quem não deve não teme, mas quem teme é porque deve.Ele disfarçou, colocou o cinto de segurança, ligou o veículo, acionou o indicador de direção e saiu do lugar.Dois quarteirões adiante ele encontrou outra vaga e estacionou.Diante da vaga havia uma loja de móveis e o dono da loja estava na porta.Ficou olhando curioso quando avistou um veículo identico ao seu parando em sua porta, por sinal, o próprio motorista não percebeu que havia estacionado atrás de um veículo igual, da mesma marca, VW Gol ano 1995 branco. O dono da loja viu o rapaz sair do carro com pressa, com alguns papéis nas mãos.Foi então que movido pela curiosidade começou a dar a volta no carro que parou atrás do seu carro.Olhou o interior e viu que a tapeçaria era igual, ou seja, a mesma cor dos bancos e mesmo tecido.Painel igualzinho, mesma cor, pneus da mesma marca, rodas iguais, também eram iguais os números da placa."NÚMEROS DA PLACA IGUAIS????"Imediatamente ele ligou para a polícia e a viatura que estava parada a dois quarteirões foi para o local.Quem não deve não teme.Se tivesse permanecido no local onde estava, dificilmente a polícia iria cobrar do marginal alguma coisa.Mas como era conhecedor da irregularidade e como sabia que estava conduzindo um veículo irregular, temeu e saiu de onde estava.Mas sem saber e sem perceber que havia parado justamente onde não deveria ter parado, ou seja, atrás do veículo original, o veículo com os documentos a nota fiscal em nome do proprietário que estava alí, parado diante da porta.

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