Til
(José de Alencar)
Til conta a história de Berta, uma jovem de uma cidade do
interior de São Paulo (Campinas). O livro conta que Berta tinha um bom coração
e, ao longo do enredo ela auxilia diversos personagens, como o menino Brás, que
a apelidou de Til pois via no sinal gráfico um certa graciosidade à qual
associava Berta.
O
enredo principal conta a história do triângulo amoroso Linda, Miguel e Berta.
Linda ama Miguel, todavia Miguel e Berta se amam. Entretanto, por causa de seu
bom coração Berta abdica de seu amor por Miguel e, para que a amiga Linda não
seja magoada, consegue que Miguel se apaixone por Linda. A trama gira em torno
de confissões amorosas, desencontros e peripécias regidas pelos sentimentos das
personagens.
No final do romance, Berta é a ir morar em São
Paulo, próxima a família de Linda. A jovem, todavia, prefere ficar em sua
cidade do interior e consegue fazer com que Miguel, já apaixonado por Linda, vá
em seu lugar. No final, nos moldes românticos ela declara ao rapaz, que está
prestes a viajar: “Não, Miguel. Lá todos são felizes! Meu lugar é aqui,
onde todos sofrem”.
Características da obra: Til é uma obra que se enquadra
na fase regionalista de José de Alencar, na qual o escritor procurou retratar
costumes e viveres de regiões do interior do Brasil. Assim, nesse romance
Alencar procura retratar a vida e os costumes caipiras do interior de São
Paulo, fazendo isso por meio da linguagem utilizada pelos personagens, do cenário
escolhido para o desenvolvimento da ação e por meio dos tipos de personagens
representados: fazendeiros, homens do campo, escravos, etc.
Os ideais românticos de
idealização da mulher e da natureza estão fortemente presentes nessa obra. A
paisagem interiorana é descrita de maneira exuberante e a personagem principal,
Berta, é descrita como a típica mulher do romantismo: bela, serena,
inteligente, resignada, amorosa e caridosa, enfim, ideal. O final da obra, no
qual a protagonista abre mão de uma vida de amor e felicidade para favorecer a
terceiros, é também tipicamente romântico, mostrando uma personagem resignada
ao abandono.
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