Idiocracy 
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“No futuro a inteligência estará extinta”, assim mesmo, sem
 a pontuação adequada...  diz a frase de
 apresentação do filme, na capa do DVD. Como este mesmo, por falta de leitura,
 cultura e até de inteligência, os indícios estão aí, e não precisa ir muito
 longe. Crítica social tendo como alvo o modo de vida estadunidense, nossa Roma
 atual. 
 
 Consumo desvairado, lixo por todo lado, sexo (não
 sexualidade profunda) acima do cérebro, no comando de corações e mentes,
 brutalidade e justiça selvagem em resposta à falta de educação formal que leva
 à eleição de certos políticos-lixo. Alguma coincidência com a atual realidade? Se
 há lição de moral neste filme, é a de que o fim do mundo será determinado por
 imbecis fortemente armados. 
 
 
 
 A história se passa nos Estados Unidos, em 2005, e logo depois
 em 2505, após Joe Bowers (Luke Wilson) despertar da hibernação induzida por uma
 experiência do exército americano - e esquecida. Ele foi escolhido, justamente
 por ser considerado um inútil de baixo quociente de inteligência (QI), e que
 fica cada vez mais idiota diante de uma tevê o dia todo, sentado em alguma
 repartição do exército. 
 
 
 
 Naquele mundo muito distante, a bunda é reverenciada; a
 indústria investe mais em batons e esmaltes do que em pesquisas de relevância
 para a sobrevivência e a evolução humanas; os hospitais estão no completo
 abandono; a totalidade da população é apática, imbecil, idiota; a água foi substituída
 por isotônicos (eletrólitos...) até nas plantações e serve apenas para dar
 descarga na privada.   
 
 
 
 Todos são ávidos por dinheiro do que de gente; os livros e a
 leitura inexistem; mínimos discernimento e inteligência no raciocínio e na fala
 correta são tidos como afetações gays; e montanhas de lixo causam uma
 catástrofe artificial (promovida pelo homem): avalanches encobrem cidades inteiras,
 derrubam prédios, enfim tornam o ambiente à imagem e semelhança dos que o
 criaram e vivem ali: um lixo.  
 
 
 
 A crítica a este mundo em que já vivemos tem um tom moral,
 sem dúvida. Mas, o filme de 84 minutos mais contribui para um reflexão incisiva
 e o questionamento sobre, afinal, o que desejamos hoje, pode ser nossa ruína
 amanhã. Se não a nossa, a das próximas gerações. Começando pela alimentação do
 corpo, da mente e da alma. 
 
  
 
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