Resumo de Crítica Filme: Lincoln -

A figura de um dos mais revolucionários presidentes dos
Estados Unidos da América é apresentada no filme histórico Lincoln. Mais
precisamente a imagem de um homem de 56 anos que travou uma luta contra a
Câmara pela aprovação da Décima Terceira Emenda da Constituição. A emenda poria
fim a escravidão no país, um dos grandes motivos da guerra civil.

O filme é ambientado no ano de 1865, último ano da guerra
civil, no qual Lincoln é forçado a escolher entre dois caminhos: alongar a
guerra e a partir disso conseguir a aprovação da emenda na câmara, ou colocar
um ponto final no conflito aproveitando a possível rendição dos Estados do Sul.

Daniel Day-Lewis interpreta um Lincoln defensor da abolição,
exibindo toda a força, coragem e estratégia necessária para enfrentar todas as
adversidades de ser um presidente que luta pela abolição da escravatura em um
país em guerra. Vemos logo no início um homem sereno, de voz suave, cansado. Um
homem curvado pelo peso de um país inteiro nos ombros. Daniel faz de Lincoln
praticamente um ser intocável, mesmo que a ideia seja apresentar um homem
simples, a figura torna-se superior a qualquer outro indivíduo retratado no
filme.

O filme tem em basicamente todas as suas cenas a mesma
iluminação, isso favorece as atuações, tornando mais visível a linguagem
corporal de cada ator, principalmente a Daniel. O jogo de luz marca bem a
famosa cartola em todas as cenas em que ela é usada. No entanto, a mesma
iluminação que favorece, desfavorece. Todas as cenas foram gravadas com o mesmo
tom, ou seja, existe a impressão de que todas as cenas são feitas como se
existissem grandes acontecimentos, esse fato torna a produção muito cansativa
em alguns momentos.

Lincoln é uma produção extremamente política e histórica,
por isso em alguns cinemas antes da exibição do filme, é distribuída uma
cartela explicativa sobre a sobre a Guerra da Secessão. Além disso, durante
quase todo o tempo de duração existem informações com datas, nomes e funções de
cada personagem. Em algumas partes pode ser um pouco confuso acompanhar os
diálogos, mas em linhas gerais a produção é de fácil compreendimento.

Desde o seu lançamento nos Estados Unidos, a comparação
entre Barack Obama e Lincoln aumentou. Diria até que o filme foi lançado em um
momento muito oportuno. A imagem de Abraham Lincoln construída é basicamente a
imagem atual de Obama. Claro, isso não significa que os produtores e o diretor
estejam tomando algum partido, mesmo que todos saibam sobre a preferência de
Spielberg.

Apesar de um Spielberg diferente, Lincoln é o filme com mais
indicações ao Oscar esse ano e é um dos favoritos a levar a estatueta de melhor
filme.

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