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A 1ª Fase Modernista: Oswald de Andrade e Mário de Andrade
(Samira Yousseff Campedelli)

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Antes de adentrarmos um pouco à obra de ambos escritores, cabe situar a Primeira Fase do Movimento Modernista no Brasil que
ocorreu entre 1922 (Depois da Semana de Arte Moderna) e 1930, e que foi considerado
como sendo a fase mais radical. Tal consideração se deve porque neste primeiro
período houve o lançamento de revistas
muito engajadas e o surgimento de movimentos, como o Pau-Brasil, e posteriormente
o Movimento Antropófago, ambos liderados por Oswald de Andrade, entre outros grupos
mais conservadores, como o Verde –Amarelo, formado por Menotti Del Pichia,
Cassiano Ricardo e Plínio Salgado.

As características principais do Primeiro Tempo Modernista são: os
poemas-piada e a irreverência, com poemas que satirizavam costumes considerados
passadistas e velas escolas literárias. Além da enumeração caótica de ideias,
simultaneidade de cenas (trechos inteiros sem pontuação, versos descontínuos,
elípticos), a própria subversão das regras gramaticais. A paródia e a literatura
popular também foram destaque, a exemplo do poema Canção do exílio de Gonçalves
Dias, parodiado por Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Carlos Drummond de
Andrade e Murilo Mendes; e a utilização de versos livres e fala popular, ou
seja, uma profunda marca de oralidade, aproximando a prosa do povo. Todas essas características rompiam com a
literatura oficial que se preocupava muito mais em imitar os modelos
europeus, do que em criar algo novo, algo realmente nacional.
Ao contrário dos modernistas, que apesar de terem sido influenciado pelas
vanguardas europeias, pesquisaram sobre a cultura do seu país, e reflexionaram sobre a própria linguagem.

A respeito do poeta e escritor Oswald de Andrade (1890-1954), ele participou
ativamente da Semana de Arte Moderna, sendo ainda responsável por inúmeros
manifestos, entre eles, o Manifesto Pau-Brasil e o Movimento Antropofágico. Pau-Brasil publicado em Paris no ano de 1925, e ilustrado pela pintora Tarsila do Amaral (sua primeira
esposa), foi uma espécie de despertar da consciência de brasilidade de Oswald
de Andrade, em que ele se propunha escrever poeticamente sobre o Brasil, através
de uma linguagem coloquial e de muito humor. Mas o que significou o tão comentado
Manifesto Antropofágico e seu primeiro
parágrafo tão marcante “Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente.Filosoficamente”? Ora, este Manifesto criado por Oswald de Andrade representou o caminho antropofágico
para a Literatura Brasileira, que deveria "deglutir" e transformar as influências
estrangeiras, entretanto, sem deixar de ser fiel a sua raiz nacional, primitiva, antropofágica,
crítica.

Já sobre o também poeta e escritor Mário de Andrade (
1893-1945), destaco duas de suas mais emblemáticas obras: Pauliceia desvairada que foi tido como bandeira do
movimento modernista, devido ao liberalismo formal da obra, rompendo com
qualquer esquema enlaçado, unido a tradição: versos livres, métrica informal,
subversão total de valores pregados aos poetas perfeccionistas, como os
parnasianos. E Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, sua obra-prima em
matéria ficcional. Esta obra é um misto de lendas indígenas transportadas para
a grande São Paulo, de justaposição de trechos de colagem, anedotas populares e
incorporação de mitos que transforam o romance em uma rapsódia, justamente pelo
processo de composição (justaposição) semelhante à forma musical.

Por este breve resumo,podemos notar a
grande importância de Oswald de Andrade e de Mario de Andrade para a Primeira Fase do Movimento Modernista no Brasil.



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