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Estado e Educação em Platão
(Costa; A)

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A PROPOSTA PLATÔNICA E O ESTADOAo ler o artigo proposto percebi que o autor se propõe a apresentar de modo estruturado o pensamento de Platãoacerca da educação, de modo didático ele apresenta a educação a partir da lógica da “alma” em Platão e esta manifestada em três modelos/estados: a) Alma concupiscente; b) Alma irascível; c) Alma Racional. Ele descreve ascaracterísticas de cada uma destas almas e as relaciona com a estrutura social e as características pessoais. Fica claro que todos os homens detém as três formas/estados e que em cada um uma das almas pode se destacar e prevalecersobre as demais.Diante disso, o autor faz uma aproximação, como exposto por Platão, das três almas à três categorias sociais, ao que o autor chamou de classes (Platão não descreve a concepção de classe, pode ser grotesca uma aproximação tão brusca). Diante da aproximação, cada categoria social se relaciona a um estado da alma, a saber: a) Classe Econômica (Artesãos, Agricultores, etc) – Alma concupiscente; b) Classe Militar (uso da força) – Alma Irascível; c) Classe de Magistrados (Sábios, uso da razão) – Alma Racional.Na sequência o autor apresenta a lógica platônica de que o estado deveria ser gerido pela Aristocracia, que significa “os melhores”, para ser coerente, o autor deveria ter apresentado o significado de aristocracia, mas não o fez. Neste trecho o autor se perde, pois o texto fica obtuso e sem coerência, ele faz uma citação incompleta de Bobbio, que considera as duas formas ideais de governo e quatro formas de decadência, contudo o texto não esclarece quais são e por fim faz uma aproximação com Aristóteles, confundindo ainda mais. O autor começa a apresentar didaticamente quem Platão entende que deveria administrar a cidade. Segundo ele, os possuidores da Alma Racional devem governar, pois fazem uso da razão, ao passo que os demais teriam deficiências, os artesãos e proprietários não o deveriam fazer, pois têm a necessidade de posse, o que não permitiria a atençãoà sociedade. Os possuidores da alma irascível (militares) também não poderiam, pois são movidos pelos extintos belicosos, portanto bons guerreiros. A sociedade justa, aos olhos de Platão, é aquela que têm como ponto referencial a virtude racional, pois é aúnica capaz de olhar para todos e propor o equilíbrio social. Esse equilíbrio seria garantido por meio da educação, visto que ela tinha a função de formas os indivíduos paraviver numa sociedade justa. Diante disso, Platão critica a educação proposta pelos sofistas, pois essa não se propunha a formar uma sociedade justa, mas se tratava de transmissão de conhecimento sem compromisso com a verdade, se permitindo mudar de posicionamento a qualquer momento.A educação platônica divide os estágios da vida do ser humano e interpõe um objetivo formativo para cadaépoca: 03 a 06 anos – jogos educativos – Ginástica (cuidado com o corpo); 10 a 13 anos – ler e escrever, leitura dos clássicos; 13 a 16 anos – formação musical – Tal formação tem por base a estrutura platônica de estética, vendo a música como uma arte idealizada, não a simples reprodução das sombras. A partir dela vieram os conhecimentos das matemátas (Não pode ser traduzido como simples matemática). 17 a 20 anos – Serviço militar;Após o serviço militar, o individuo deveria passar por um teste de aptidão, descobrindo a vocação a quedeveria se dedicar. Os jovens seriam aí selecionados por aptidões, de acordo com a prevalência de suas almas. “Os que fossem bem sucedidos (alma racional) se tornariam governantes ou guardiões do Estado, não como honra, mas comodever” (COSTA, 2008, p 12).Assim, com tal seleção, os governantes seriam um grupo de filósofos, homens onde a alma racional sedestacava, portanto tinham a capacidade de governar em benefício de todos.CONCLUSÃOAo fazer tais aproximações, o autor fez uma leitura sociológica do processo e não se deteve a definir termoscomo aristocracia e seu contexto em Platão, o que pode gerar uma visão unilateral no leitor. O autor fez uma análise metodológica, porém não se dispôs a relacionar a educação platônica enquanto paidéia, o que enriqueceriatoda a discussão e teria mais sentido quando se propõe a discutir a formação do filósofo. O autor poderia ter explorado a proposta educacional platônica enquanto transformadora paradigmática, pois semudar o sofista era difícil ou quase impossível, Platão se propõe a formar os que ouvem os sofistas, portanto uma transformação da plateia. Junto a essa transformação, também uma reestruturação do estado como consequência doabandono da sofística (sábios com alma concupiscível).



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