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A Modalidade na Língua Portuguesa
(I.V. Koch)

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Antes de adentrarmos aos estudos da modalidade,
primeiramente, cabe mencionar que quando se investiga o uso dos verbos de uma
determinada língua, sempre há um interesse especial ao verbo modal, ao modo
verbal e a própria modalidade. E o verbo modal (dever, poder, ter que, entre outros), assim
como o modo verbal (indicativo, subjuntivo, imperativo), é um dos recursos
gramaticais disponíveis para expressar a modalidade em nossa língua. Desse
modo, a modalidade é uma categoria
semântica-gramatical que tem a ver com as atitudes que o locutor adota no seu
discurso. Ou seja, a modalidade é uma expressão da subjetividade a
manifestar-se no discurso através de valores modais que podem ser subdivididos em epistêmicos , deônticos e apreciativos.

A Modalidade Epistêmica está relacionada com o
conhecimento e crença do locutor, emitindo um juízo de valor. E dentro desta
modalidade há ainda três valores epistêmicos: os de certeza, (os advérbios
realmente, normalmente, obviamente, inegavelmente, exato, claro, lógico, sem
dúvida, certamente; e adjetivos com função predicativa, certo, seguro,
evidente); os de probabilidade, a exemplo de “Por ele ter medo de avião ele
deve ter vindo de carro”; e os valores
de possibilidade, como em “ É bem possível que ele consiga uma boa nota na
prova”. O locutor pode ainda assumir total compromisso com a verdade ou
falsidade do seu enunciado, e entre esse juízo positivo e o juízo negativo existe uma
distinção de natureza modal: os dois enunciados exprimem o mesmo tipo de
atitude do locutor em relação a um conteúdo proposicional, como podemos constatar nesses exemplos: “O Paulo entrou na Universidade”, e “O Paulo não
entrou na Universidade”.

A Modalidade Deôntica exprime juízos dos quais o locutor
procura agir sobre o seu interlocutor impondo, proibindo ou autorizando a
realização da situação representada pelo conteúdo proposicional, num tempo
necessariamente posterior ao tempo de emissão do juízo deôntico. A modalidade
deôntica é uma modalidade intersujeitos, pressupondo uma relação hierárquica
entre o locutor, origem deôntica, e o interlocutor, alvo deôntico. Pode haver
um alvo deôntico último, distinto do interlocutor, limitando-se este a ser
intermediário. Os valores deônticos subdividem-se tradicionalmente em valores
de obrigação e valores de permissão. “Fale mais baixo!”, “Não vá embora”, “Você
tem de assinar isso agora”, “Sua filha não pode ficar aqui”. “Márcia pode sair”,
“Não entres!” , “Se Carolina já conseguiu boas notas nas provas pode ir ao
teatro com as amigas”.

E
por último, a Modalidade Apreciativa em que se exprime um juízo de valor
positivo ou negativo, sobre um enunciado com valor assertivo, ou seja, é
construído pelo locutor com valor de certeza, e ainda, pode ser expressa por
construções exclamativas. Alguns exemplos: “Felizmente Ana não tirou uma má nota na prova de matemática” , “Que
dia tão bonito”, “Como ele canta bem!”



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