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O acidente em Bhopal
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Passavam-se poucos minutos da meia noite do dia 03 de setembro de 1984 na cidade de Bhopal na Índia quando ocorreu o maior desastre da história industrial. A fábrica de pesticida da empresa norte-americana Union Carbide despejou no meio ambiente 42 toneladas de gases tóxicos expondo uma população de mais de 500 mil pessoas aos seus efeitos devastadores. Em poucas horas contabilizavam-se mais de 8 mil mortes que foram acrescentadas em mais de 14 mil mortes que ocorreram em curto espaço de tempo, somando a triste cifra de 22 mil mortos, todos pobres e humildes que na sua maioria morava próximo das instalações da fábrica, onde trabalhavam em empregos diretos e indiretamente relacionado a mesma.Os sobreviventes não tiveram uma sorte muito diferente, mais de 150 mil pessoas expostas aos gases venenosos sofrem com o efeito do acidente e 50 mil estão incapacitadas definitivamente para o trabalho. As crianças que nascem na regiãoe são filhos de pessoas afetadas pelo acidente apresentam sérios problemas de saúde e na média um sobrevivente morre por dia por causas relacionadas aos efeitos dos gases.Os impactos ambientais do acidente foram devastadores para a vida em todas as suas formas. A empresa negou-se a informar qual era o agente tóxico que havia extravasado na região. Sabe-se, porém, que a fábrica produzia Isocianato de Metilo (MIC), uma combinação intermediária usada na produção do pesticida “Sevin” comercializado pela empresa. O MIC é uma das substâncias mais tóxicas e letais produzida pelo homem. A empresa alegou inicialmente que havia sido um atentado terrorista e depois passou a alegar que sofrera sabotagem, o que nunca foi provado. O responsável pela empresa continua foragido no EUA e os pedidos de extradição feita pela Índia nunca foram atendidos. Em 2001, a Dow Química comprou a Union Carbide, como todos os seus passivos, inclusive os ambientais, porém continua negado a responsabilidade pelo acidente. Até hoje, ninguém tomou a responsabilidade pelalimpeza e descontaminação da região e a fábrica abandonada continua carregada de agente tóxico, contaminando incessantemente o solo e água da área. As causas apresentadas pela empresa nunca foram provada, porém a mesma sustenta até hoje que ocorrera sabotagem, porém, ficou provado que o acidente foi causado pela ineficiência do sistema de segurança fragilizado pelos cortes de verba determinado pela matriz dos EUA, pois a empresa não estava dando o retorno financeiro esperado.Acredita-se que naquele fatídico dia, a falha de uma válvula despejou água no tanque 610, onde havia 42 toneladas de MIC, o que provocou um aumento na temperatura atingido 200ºC provocando um aumento na pressão, que provocou o vazamento das substâncias no ambiente. Apesar das medidas de segurança existir, nenhuma funcionou para impedir aquela catástrofe.Um acordo extrajudicial chancelado em 1989 obrigou a empresa a pagar 470 milhões de dólares de compensação ao governo indiano que “representava” as vítimas, as mesmas alegam que até hoje não receberam nenhuma indenização por parte do governo. E mesmo que recebam o valor de pouco mais de 900 dólares por pessoa é tão indigno quanto à posição da empresa.Somente em julho de 2010, um tribunal indiano julgou e trouxe (in) justiça as vítimas da tragédia: 08 acusados foram condenados por terem “causado morte com negligência e por “homicídio culposo sem grau de assassinato”. Todos foramcondenados a uma multa de 100 mil rúpias (U$ 2,1 mil) e a 02 anos de prisão, afiançável por cerca de 1.750 euros.Também, houve a condenação para a empresa com uma multa de 8.870 euros e uma indenização de 1.791 euros por morte e 447 euros por vítima de ferimento (pulmões envenenados, corações afetados e cegueira)..



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