Resumo de O desatre ambiental na Guerra do Golfo -

No dia 2 de agosto de 1990, o Ditador Saddam Hussein do Iraque invade o Kuwait sobre o pretexto de que aquelepaís estaria provocando a baixa no preço do petróleo, pois estaria comercializando cotas maiores do que a estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).Hussein exigia que o Kuwait perdoa-se uma dívida de U$ 10 bilhões contraída pelo Iraque quando do conflito com o Irã, além disso, cobrava uma indenização de U$ 2,4 bilhões, por um suposto furto de petróleo praticado pelo Kuwait quando da extração do óleo em uma área de fronteira entre os dois países.A Organização das Nações Unidas (ONU) reage imediatamente à invasão e declara um bloqueio econômico ao Iraque no dia 06 de agosto daquele ano. O Iraque reage e declara no dia 28 de agosto a anexação do Kuwait como a sua 19º província. No dia seguinte a ONU autoriza ataques contra o Iraque, caso o mesmo não faça a retirada das suas tropas doKuwait até o dia 15 de janeiro de 1991.Na madrugada do dia 16 de janeiro, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos contando com 28 países aliados inicia o bombardeio contra Bagdá (Capital do Iraque). A guerra é rápida e extremamente violenta – 100 mil militares e 7 milcivis iraquianos, 30 mil Kuaitianos e 510 militares da coalizão são mortos nos combates.Durante o recuo das tropas iraquianas vem a ordem: Incendiar todos os poços de petróleo do Kuwait estava pronto o cenário de um dos maiores desastres ambientais da história.Os impactos ambientais dos incêndios dos poços de petróleo no Golfo Pérsico foram de uma magnitude impressionante, somente para apagar os incêndios foram mobilizados especialistas de 10 países que levaram mais de 10 meses para controlar as chamas que destruíam o “ouro negro” de mais de 500 poços petrolíferos do Kuwait e envenenava todo o meio ambiente.Um volume enorme de óleo bruto contaminou o Oceano Índico e infiltrou-se na areia da zona costeira do Kuwait causando danos irreparáveis aos bancos de corais da zona do Golfo Pérsico, que são comparadas as grandes florestas tropicais.Os incêndios consumiram mais de 67 milhões de toneladas de petróleo causando uma nuvem tão densa na região que impedia a luz solar de chegar ao solo, provocando uma diminuição na temperatura de até 15ºC, sendo extremamente prejudicial para a vida animal e vegetal na região e letal para os sistemas mais dependentes da energia solar. Essas nuvens foram de uma magnitude tal que chegou a precipitar neve negra no Himalaia e provocou a morte de toda a cultura vegetal no Kuwait. A poluição atmosférica chegou a ser 50 vezes maior que a de regiões altamente industrializada como Londres, por exemplo. Toda essa poluição atmosférica precipitou-se como chuvas ácidas agravando ainda mais os problemas ambientais.Para a vida animal, os danos foram devastadores entre 15 a 30 mil aves morreram e as aves de ciclo migratório tiveram alterações nesses ciclos. O ar tornou-se irrespirável e os índices de problemas respiratórios aumentaram, assim como ode câncer nas suas diversas formas. Surgiu uma nova doença, a Síndrome da Tempestade do Deserto, nome dado a operação de guerra deflagrada pela coalizão (Desert Storm), que atingiu mais de 100 mil militares causando lesões emdiversos órgãos, problemas dermatológico, malformações nos filhos dos afetados, problemas nervosos e fadiga crônica. Toda e qualquer guerra trás conseqüências devastadoras contra o meio ambiente, mas a guerra do Golfo é de uma importância impar para o estudo de desastres ambientais, pois deliberadamente e com intuito de apenas destruir os recursos naturais de um adversário, o governo do Iraque provocou um dos maiores desastres ecológicos, sem ter a consciência de que os passivos ambientais são pagos não só pelos seus adversários, mas por toda a população da região, inclusive seu próprio povo.Espera-se que tais fatos não ocorram novamente e a guerra do Golfo tenha sido um importante aprendizado para toda a humanidade.

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