Resumo de Francisco Cândido Xavier -

Francisco
de Paula Cândido Xavier , mais
conhecido como Chico Xavier, médium, filantropo, nasceu em Pedro Leopoldo-MG no
dia 02 de abril de 2010 e morreu em Uberaba-MG em 30 de junho de 2012 aos 92
anos de idade devido a uma parada cardiorrespiratória. Seu nome de batismo foi
substituído por Francisco Cândido Xavier assim que psicografou seus primeiros
livros e teve a mudança oficializada em abril de 1966. Psicografou 468 livros,
e vendeu mais de 50 milhões de exemplares sendo até agora o escritor brasileiro
de maior sucesso comercial da história. Porém cedeu os direitos autorais dos seus
livros para instituições de caridade. Psicografou também perto de dez mil
cartas sem nunca cobrar nada.

Era filho de
João Cândido Xavier, um vendedor de bilhetes de loteria e de Maria João de
Deus, uma dona de casa. A mediunidade de Chico Xavier teria se manifestado pela
primeira vez aos quatro anos de idade; ele dizia ver e ouvir os espíritos e
conversava com eles. A mãe faleceu quando ele tinha cinco anos de idade. Foi
criado por Rita de Cássia, sua madrinha e amiga de sua mãe, que logo se mostrou
uma pessoa cruel, vestindo-o de menina e batendo-lhe diariamente. Era açoitado
com vara de marmelo e tinha garfos enfiados em sua barriga. Inicialmente por
qualquer pretexto e depois sob a alegação de que ele tinha o diabo no corpo.
Os únicos momentos de paz que tinha eram os diálogos com o espírito de sua
mãe, com quem se comunicava desde os cinco anos de idade. Nesses contatos, o
espírito da mãe recomendava-lhe paciência, resignação e fé em Jesus. Aos sete
anos de idade seu pai se casou novamente com Cidália Batista e os contatos com
sua mãe foram interrompidos.

Em 1927, com
dezessete anos de idade, Chico perdeu a madrasta Cidália e se viu diante da
insanidade de uma irmã, causada por um processo de obsessão espiritual. Por orientação
de um amigo, Chico iniciou-se no estudo do Espiritismo. Logo deixou de ser
católico e se tornou espírita convicto.

Em julho de
1931, por orientação de espíritos benfeitores, iniciou-se na prática da psicografia.
Iniciou a psicografia da obra “Parnaso de Além-Túmulo” e teve seu primeiro encontro
com o mentor espiritual Emmanuel que lhe informa sobre a sua missão de
psicografar uma série de trinta livros e que para isso são lhe exigidas três
condições: "disciplina, disciplina e disciplina". Em 1935 com o seu
emprego de escrevente-datilógrafo na Fazenda Modelo da Inspetoria Regional do
Serviço de Fomento da Produção Animal, exercia também as suas funções no Centro
Espírita Luís Gonzaga, atendendo aos necessitados com receitas, conselhos e
psicografando as obras do Além.

Em 1943, lança
uma das obras mais populares da literatura espírita, o romance Nosso Lar,
o mais vendido e divulgado das obras de Chico, que no ano de 2010 se tornou um
filme. Esse é o primeiro de uma série de livros cuja autoria é atribuída ao espírito
André Luiz.

Em 1955, Chico
conheceu pessoalmente o médium Waldo Vieira, o que resultou em uma parceria
espírita que durou até 1966 e na qual psicografaram 17 livros juntos. Em 1959,
Chico mudou-se para Uberaba e junto com Waldo fundou na cidade o centro
espírita "Comunhão Espírita Cristã".

Em 1963, Chico
se aposentou por incapacidade, na função de datilógrafo subordinado ao Ministério
da Agricultura, devido a problemas oculares.

Em 1975 se
desligou do centro espírita "Comunhão Espírita Cristã" e fundou o
centro "Casa da Prece" e passou a exercer atividades neste. Nessa
década, além da catarata e dos problemas de pulmões, passou a sofrer de angina.

Em 1980 já existia
cerca de duas mil instituições de caridade fundadas, ajudadas ou mantidas
graças aos direitos autorais dos seus livros psicografados ou a campanhas
beneficentes promovidas por Chico.

Grande líder espiritual,
ícone do espiritismo no Brasil, em 1981 e 1982 foi indicado ao prêmio Nobel da
paz. Em 2000 foi eleito, num concurso da Rede Globo Minas, o mineiro do século
XX. Em 2012 foi eleito, num concurso do SBT-SP, O Maior Brasileiro de Todos os Tempos. Várias de suas Obras de Chico estão traduzidas e
publicadas em castelhano, esperanto, francês, inglês, japonês, grego, etc.

Em 2002 Chico
morreu em Uberaba e cerca 120.000 pessoas compareceram ao velório do médium e
mais de 30 mil pessoas acompanharam o cortejo a pé. Quando o caixão chegou ao
cemitério, foi recebido com uma chuva de pétalas de três mil rosas lançadas em
profusão de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal. A casa onde ele morou
entre 1948 e 1959 e a casa em que ele morou entre 1959 e 2002 foram
transformadas em museus sem fins lucrativos em referência a sua vida e obra.

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