Eflúvio Telógeno após dermatite de contato no couro cabeludo.
(José Marcos Pereira)
Eflúvio telógeno após dermatite de contato no couro cabeludo.José Marcos Pereira, 2006. Descrito pela primeira vez em 1961 por Kligman, o eflúvio telógeno (ET) é uma queda aguda e intensa, chegando a cair mais de 600 fios por dia, desenvolvendo-se entre três e quatro meses após a instalação do agente desencadeante, que pode ser um estresse físico ou emocional, um medicamento, febre, parto, infecção, entre outros. Após um eflúvio telógeno os cabelos podem crescer de forma sincrônica, e no futuro o paciente poderá ter crises de queda de cabelos. Cerca de 30% dos pacientes com eflúvio podem ter dor no couro cabeludo. As três principais causas são: radiação solar, dermatite de contato no couro cabeludo e tração dos cabelos.De acordo com o Artigo em pauta, um paciente de 15 anos de idade, desenvolveu quadro de alopecia areata. Foi feito um tratamento com sucesso pela aplicação tópica de difenciprona a 0,025%. Após quatro meses, o mesmo apresentou queda muito intensa de cabelos, chegando a cair centenas de fios por dia, nas áreas não afetadas pela alopecia areata anterior. O paciente perdeu cerca de 30% dos cabelos, e após dois meses houve total repilação sem qualquer tipo de tratamento. Já a dermatite de contato merece atenção especial, pois pode ocorrer por vários motivos, sendo os principais as manipulações cosméticas, como tingimento, alisamento e outros, considerados um dos tratamentos de escolha da alopecia areata com possibilidades de desenvolver no futuro um ET. No caso desse paciente, o ET ocorreu nos cabelos não afetados pela alopecia areata anterior, mostrando que cabelos anágenos antigos são mais vulneráveis ao mesmo, sendo que os anágenos recém-formados são menos vulneráveis. Os imunomoduladores ou imunoestimulantes que produzem uma dermatite de contato no couro cabeludo são usados frequentemente no tratamento da alopecia areata, cabendo ao clínico ou dermatologista, ficar atento ao surgimento de eflúvio telógeno alguns meses após esse tipo de tratamento. Em cada paciente a reação pode ser diferente, mas a ação tanto do profissional da saúde como do tratamento adequado ao problema no couro cabeludo pode ser igual, e tudo precisa ser visto com um olhar clínico e sem reservas, obedecendo apenas à individualidade de cada um com relação à sensibilidade aos produtos químicos de uso externo ou medicametos de uso interno, não esquecendo que a saúde está acima de tudo.
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