Crianças francesas não fazem manha
(Druckerman; Pamela)
"Jeitinho francês (por Claudia)Será possível virar mãe sem se tornar refém do mundo infantil? Observando o modo de educar das francesas, uma americana descobriu que sim. E conta o segredo delas em um livro. Pois é, além de magras, as danadas sabem criar filhos com classe! Quando a jornalista americana Pamela Druckerman foi morar em Paris, não imaginou que, ao ter sua primeira filha, se tornaria uma "mãe francesa". O jeito de ser dos franceses com suas crianças chamou a atenção da ex-repórter do The Wall Street Journal, que captou um estilo de educar com limites diferentes dos que conhecia em seu país. As crianças parisienses costumam dormir a noite inteira logo nos primeiros meses, mostram boas maneiras à mesa (ainda no cadeirão!) e parecem preferir alcachofras a salsichas. Birras na casa dos amigos dos pais também não são comuns por lá. Os adultos conversam na santa paz enquanto as crianças se distraem com seus brinquedos. "É provável que o limite deles seja mais estreito. Não vejo uma criança francesa jantando no sofá de veludo", diz o pediatra Fabio A. Lopes, de São Paulo.Pamela passou a se perguntar: "Como eles conseguem?" O resultado de sua investigação, que pode inspirar as mães brasileiras, está no best-seller Children Don¿t Throw Food: Parenting Secrets From Paris (Doubleday), lançado na Inglaterra e nos Estados Unidos. O livro, cujo título em livre tradução quer dizer "Crianças francesas não jogam comida no chão: segredos direto de Paris para educar filhos", ainda não tem previsão de ser publicado no Brasil. Mas CLAUDIA BEBÊ entrega algumas ideias de Pamela comentadas por especialistas brasileiros.Ensinar a dormir sozinho O limite, na abordagem francesa, começa no berço. Literalmente. "Pais franceses fazem suas noites", diz Pamela Druckerman. "Não esperam que seus bebês cresçam para voltar a dormir bem." Enquanto nos Estados Unidos (e aqui) é comum ver os casais em um pesadelo constante, se revezando para atender o bebê, os franceses praticam uma espécie de escuta atenta: em vez pegar a criança ao primeiro resmungo, esperam de cinco a dez minutos, até ter certeza de que ela está realmente infeliz. Ou adotam um método ainda mais simples: deixar o bebê chorando e esperar que o choro diminua gradualmente, até que ele durma. "Eles se permitem acreditar que a criança pode estar apenas resmugando ou sonhando", diz a autora. Compreender que o choro nem sempre simboliza sofrimento é um dos ensinamentos dos franceses. Mas a psicóloga Ceres Alves, de São Paulo, observa que até o terceiro mês de vida o bebê deve ser atendido sempre que chora: ele pode estar desconfortável, com fome, frio, calor etc. Isso porque no útero ele tinha suas necessidades satisfeitas naturalmente. Ao nascer, passa a experimentar a falta. "Depois desse período, ele pode esperar", concorda Ceres com a autora. A partir do quarto mês é o momento de criar uma rotina, com horários para dormir, comer, passear. "Assim, progressivamente, o bebê vai dormindo menos de dia, e o sono da noite começa a ser mais comprido", diz a psicóloga.O pediatra Fabio lembra que, por volta de sete meses, a criança apresenta o que os psicólogos chamam de "angústia da separação". "O bebê percebe que é um ser separado da mãe e acorda frequentemente, para saber se ela está por perto", diz ele. Nesse período, a mãe deve demonstrar que está presente, falando de longe, oferecendo um paninho, um bichinho ou algo assim. A atitude ideal é colocar o bebê no berço, dar um beijo e sair do quarto "à francesa", sem se render ao chorinho de manha. "Se a criança não fica um pouco sozinha quando chora, não tem tempo para entrar em contato com ela mesma", comenta o pediatra.Ensinar a comer bem "
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